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Trabalhadores sem teto são recebidos pela prefeitura de São Gonçalo

De acordo com o representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), uma comissão de cinco moradores está reunida com representantes da prefeitura

postado em 05/11/2014 13:41

Centenas de pessoas protestam nesta quarta-feira (5/11) em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, por moradias populares. Vindos da ocupação Zumbi dos Palmares, instalada desde sexta-feira (31/10) em um terreno abandonado no bairro de Santa Luzia, os manifestantes cobram a desapropriação da área e a adesão da cidade ao Programa Minha Casa, Minha Vida, na modalidade entidades, que permite a concessão de financiamento público a organizações da sociedade.

De acordo com o representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Henrique Andrade, uma comissão de cinco moradores está reunida com representantes da prefeitura, entre eles, membros da secretaria de Habitação e de Desenvolvimento Social. Os sem-teto pedem, além da desapropriação, a regularização do fornecimento de água, energia elétrica e mais segurança na ocupação, que foi atingida por um incêndio no domingo (2/11). Eles acreditam que o incêndio tenha sido uma tentativa de expulsá-los de lá.

;Queremos também que a prefeitura retire o entulho do local. Impedimos, nos últimos dias, que pelo menos cinco caminhões despejassem entulhos lá;, contou Henrique, do MTST. A área pertence a empresa G Bastos Comércio e Indústria de Embalagens Plásticas LTDA que, de acordo com o movimento, tem dívidas fiscais com a prefeitura. O proprietário, até o momento, não entrou com ação de reintegração de posse.

Os moradores da ocupação, que vieram de áreas próximas ao terreno ou de comunidades pobres de São Gonçalo, contam que o local abrigava uma antiga fábrica de plástico, - hoje, só resta a estrutura de alvenaria -, e era utilizado para o desmanche de carros.

São Gonçalo é o segundo município mais populoso do estado. Com a valorização imobiliária na região, os moradores reclamam do preço do aluguel e muitos moram de favor ou em áreas de risco, informou o MTST. Segundo a prefeitura, o déficit habitacional chega a 20 mil pessoas.

Procurado pela reportagem, o Ministério das Cidades disse que já investiu R$ 984,8 milhões na modalidade entidades do Minha Casa, Minha Vida. Foram atendidas 3 mil famílias, em 165 cidades brasileiras. O orçamento aplicada pelo programa todo, até agora, é de R$ 228,3 bilhões.

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