postado em 10/11/2014 18:47
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pediu na tarde desta segunda-feira (10/11) ajuda à presidente Dilma Rousseff para enfrentar a crise de abastecimento de água no estado. De acordo com ele, são necessários R$ 3,5 bilhões para tirar oito obras estruturantes do papel. Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que participou do encontro, a presidente pediu maior detalhamento do que foi apresentado e afirmou que o tema será discutido novamente na próxima segunda-feira (17/11), no Planejamento, com técnicos do estado e do governo federal.
Segundo a ministra, a presidente quer saber exatamente qual é o papel de cada uma das obras. ;É a primeira vez que o governo de São Paulo apresenta esse plano ao governo federal. Vamos ter uma conversa mais aprofundada para bater o martelo naquilo que o governo federal ajudará o estado. Estamos muito preocupados com a situação, então o governo federal está disposto a contribuir com soluções;, disse. Segundo a ministra, se estiver clara a importância dessas obras para o abastecimento, o governo pode bancar todo o montante. Para Alckmin, o recurso pode sair do tesouro por meio de financiamentos.
Embora a falta d;água tenha dominado o debate político no período de eleições, o governador negou que haja risco de desabastecimento. ;Não há esse risco, como repetimos desde o início do ano. Nós temos em São Paulo um sistema extremamente forte, nem entramos na segunda reserva técnica do Cantareira. Então, não são obras pra amanhã. As obras pra amanhã já estão sendo feitas. Vamos entregar neste mês de novembro mais um metro cubico por segundo do Guarapiranga;, disse. ;O abastecimento está garantido e estará garantido no primeiro e segundo semestre (de 2015). Estamos tratando de obras estruturantes, necessárias pra segurança hídrica e com prioridade pra abastecimento humano. São Paulo e Rio de Janeiro estão juntos;, emendou. ;São Paulo enfrenta esta que é a maior seca dos últimos 84 anos com planejamento de obras e uso racional da água;, defendeu-se.
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a crise da água é preocupante. Ela destacou que no início do ano alertou pessoalmente o governador sobre a situação. ;Estamos operando 40% abaixo de uma linha história de 83 anos;, disse. De acordo com ela, é visível a redução no volume de água que chega no afluente, ocasionada pela maior seca da história de São Paulo.
;Do nosso ponto de vista, nós estamos em situação de alerta sim, que nós sinalizamos desde fevereiro, quando eu pessoalmente fui a São Paulo conversar e mostrar nossa preocupação em função das chuvas aquém que caíram em outubro e novembro de 2013;, pontuou.