postado em 12/11/2014 21:38
O professor Gustavo Montalvão Freixo foi preso hoje (12/11), em Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro, por policiais da 38; Delegacia de Polícia (DP) de Irajá, que cumpriram mandado de prisão preventiva. Ele é acusado de tráfico de drogas, indução e instigação ao uso de drogas, e estupro de vulnerável (quatro meninos e três meninas de uma escola particular da zona norte do Rio).O delegado titular da unidade, Paulo Henrique da Silva Pinto, informou que o professor já tinha sido procurado na residência dele no Rio, mas, com a divulgação da notícia de que era acusado, foi para Maricá. Antes de prendê-lo, os policiais foram a quatro casas de parentes do professor no município, mas não o encontraram. ;Nós chegamos cedo lá e fomos a outras quatro casas até encontrá-lo. Ele não resistiu à prisão;, disse à Agência Brasil.
De acordo com o delegado, as investigações do processo foram concluídas com a denúncia feita na última sexta-feira (7) pela 6; Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1; Central de Inquéritos, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), e com a decisão do juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 32; Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que acatou a denúncia e decretou a prisão preventiva.
Agora será aberto um novo inquérito para apurar se houve situações semelhantes com jovens de outras escolas onde o acusado dava aulas. ;As crianças fizeram uso de drogas porque o professor induzia e fazia apologia às drogas. Ele comprou o LSD, uma droga muito usada na época dos hippies, e levou para a reunião. Depois, teve relações sexuais com uma aluna e fez carícias em outras. Isso também é crime de estupro de vulnerável ;, disse o delegado.
Na avaliação do titular da 38; DP, as provas incluídas no processo contra o professor são fortes. ;As jovens foram encaminhadas para exame de corpo de delito. As provas são contundentes. A escola também tem provas e ainda tem o depoimento de um aluno, que não se drogou e é testemunha ocular.;
Na denúncia, o promotor Alexandre Themístocles aponta que o professor preparou uma macarronada para os alunos e, logo após o almoço, distribuiu a droga aos jovens. Um aluno, que é evangélico, não aceitou. "Os demais tomaram a droga, sentiram alucinações, paranoia, confusão e perda do controle emocional;, indica o texto da denúncia.
O MP-RJ informou também que as investigações mostram que o professor aproveitava a hora do recreio para defender o uso do LSD. Para iniciar alguns de seus alunos no uso da droga, no dia 9 de outubro, o professor promoveu uma aula extra, no valor de R$ 25. O encontro reuniu os adolescentes na casa de um dos estudantes. ;O dinheiro, na verdade, era para pagar a droga. Ele usou a justificativa de aula extra para fazer o encontro e cobrar dos alunos;, acrescentou o delegado.
O texto da denúncia indica também que, depois do uso do LSD, o professor praticou atos libidinosos, e, em um quarto do imóvel, consumou o ato sexual com uma adolescente. Antes de sair, orientou os alunos a manter segredo sobre o encontro. ;Muito embora os alunos, a princípio, negassem o uso de drogas ilícitas e a responsabilidade do professor, graças ao empenho dos pais, da direção da escola e ao denodo [coragem] da autoridade policial da 38; Delegacia de Polícia, os fatos delituosos acabaram por ser completamente elucidados;, aponta o texto da denúncia, encaminhada à 32; Vara Criminal.