Brasil

Promotora espera que canibais de Pernambuco sejam condenados à pena máxima

Jorge Beltrão, Isabel Pires e Bruna Silva são acusados de assassinar, esquartejar e comer a carne das vítimas

Diário de Pernambuco
postado em 13/11/2014 12:11
Deve começa às 9h desta quinta-feira (13/11), no Fórum de Olinda, o julgamento do trio conhecido como ;Canibais de Garanhuns;. Jorge Beltrão, Isabel Pires e Bruna Silva acusados de assassinar, esquartejar e comer a carne das vítimas, serão julgados Por enquanto, eles só responderão pela morte de Jéssica Camila da Silva Pereira, 17 anos, que aconteceu em 2008, neste município.

Abordada pela impresa ao chegar ao local, a promotora pública Eliana Gaia informou que vai pedir a condenação dos três e que espera a pena máxima. Já a juíza Maria Segunda Gomes de Lima disse que espera terminar o julgamento ainda nesta quinta-feira, mas que os trabalhos podem se estender até a sexta-feira. Ela adiantou que um intervalo será feito para o almoço. A sala do juri ficou lotada e todos os jurados estão presentes.

O advogado de defesa de Isabel, Paulo Sales adiantou que vai se basear na tese de exclusão de culpabilidade, alegando que ela teria praticado o crime sob coação. "Ela tinha medo de ser vítima de Jorge. O domínio do Jorge é muito grande. Ele interpretava textos bíblicos para fundamentar sua ação",dise. Segundo ele, a chamada coação moral irresistível exclui a pena, enquanto a coação moral resistível diminui a pena. O advogado informou que vai tentar as duas teses".



O trio começou a ser investigado em 2012, após a descoberta de restos mortais na residência onde eles viviam, em Garanhuns, no Agreste. Na época, eles confessaram à polícia que praticaram os crimes porque faziam parte de uma seita conhecida como ;Cartel;. Também relataram que parte da carne das vítimas servia de recheio para empadas e coxinhas, que eram vendidas na cidade. A filha de Jéssica, que estava sob poder do trio, também teria se alimentado dos restos mortais, inclusive da própria mãe.

Os três respondem por homicídio quadruplamente qualificado - por motivo fútil, com emprego de meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e para assegurar impunidade -, ocultação de cadáver, entre outros crimes. O laudo psiquiátrico solicitado pela defesa dos réus, com a tese de que eles apresentavam distúrbios mentais, apresentou resultado contrário. O trio continua preso.

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