Brasil

Anvisa alerta para presença de substâncias proibidas em suplemento

Suplemento contém em sua lista de ingredientes extratos vegetais, cuja segurança não foi avaliada, sendo considerado, portanto, irregular, de acordo com a legislação sanitária brasileira

postado em 18/11/2014 13:45
Substância pode provocar crises de abstinência A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta terça-feira (18/11) um alerta aos consumidores sobre a constatação da presença de medicamentos no suplemento alimentar Mayhem. ;O produto não está regularizado no Brasil, mas eventualmente, pode ter sido importado para uso pessoal;, destacou a agência.

Em nota, a Anvisa informou que recebeu uma notificação emitida pelo órgão norte-americano de alimentos e medicamentos (Food and Drugs Administration ; FDA) sobre o recall do suplemento dietético Mayhem, fabricado pela empresa Chaotic Labz. O motivo foi a detecção das substâncias medicamentosas dexametasona e ciproeptadina, não declaradas no rótulo do produto.

O dexametasona é um corticosteroide usado no tratamento de condições inflamatórias e o uso pode levar à dificuldade do organismo em combater infecções e causar aumento do nível da glicemia, danos musculares e distúrbios psiquiátricos. Quando usado por longos períodos ou em altas doses, o medicamento pode provocar problemas na glândula adrenal e causar sintomas de abstinência com a interrupção abrupta.

A ciproeptadina é um anti-histamínico que pode provocar sonolência e afetar a agilidade mental. Além disso, segundo a Anvisa, os medicamentos presentes no produto Mayhem podem causar sérios efeitos colaterais quando combinados com outros produtos.

A agência ressaltou ainda que o suplemento contém em sua lista de ingredientes extratos vegetais, cuja segurança não foi avaliada, sendo considerado, portanto, irregular, de acordo com a legislação sanitária brasileira.



[SAIBAMAIS]Por se tratar de um produto comercializado internacionalmente por meio de uma ampla gama de canais de distribuição, a Anvisa recomenda aos consumidores brasileiros que não façam uso dele, já que não atende à legislação do país, particularmente sobre a avaliação de segurança. O produto é comercializado na internet e também pode ser adquirido por meio da importação direta.

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