postado em 18/11/2014 21:27
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) condenou hoje (18/11) o ex-prefeito do município de Coari, Adail Pinheiro, a 11 anos e dez meses de prisão, em regime fechado, por favorecimento à prostituição de menores. As denúncias contra o então prefeito tiveram ampla repercussão no início do ano, quando foram noticiadas nos principais veículos jornalísticos do país.A sessão que condenou Pinheiro foi realizada na manhã de hoje, a portas fechadas, em segredo de justiça. Ainda cabe recurso à decisão. Além do ex-prefeito, o TJAM condenou outros envolvidos na ação. De acordo com a assessoria do tribunal, todas as condenações foram por unanimidade.
Ex-secretário de Governo de Coari, Adriano Teixeira Salan foi condenado a 10 anos e cinco meses. A ex-servidora Maria Lândia Rodrigues ficará presa por 11 anos, enquanto Eudes de Souza Azevedo e Osglébio Fernandes Gama por 13 anos e seis meses.
Durante o julgamento, o relator do processo, desembargador Rafael de Araújo Romano, disse que este não foi o primeiro nem será o último processo de Adail Pinheiro. ;Ainda tenho outros processos envolvendo não apenas ele, mas outros acusados. Vamos resolver com essa mesma tranquilidade e celeridade, sempre em nome da Justiça;, ressaltou.
O desembargador observou que as diferenças entre as penas deve-se ao fato de alguns réus não terem cometido crimes pelos quais outros foram acusados. ;No caso do ex-prefeito, não houve grave ameaça envolvendo arma, por exemplo;, salientou Romano para explicar a razão da pena de Pinheiro não ter sido maior.
O relator informou, ainda, que estão sendo tomadas todas as providências para que outros processos envolvendo Pinheiro sejam julgados antes do início de 2015. ;O réu pode recorrer, mas, enquanto isso não ocorre, será encaminhado para um presídio adequado;, informou. Durante o julgamento, houve manifestação em frente ao tribunal contra pedofilia. O ex-prefeito também foi condenado a um ano e dois meses de serviços comunitários por crime de responsabilidade. Como prefeito, contratou um funcionário sem realização de concurso público.