Daniela Garcia
postado em 25/11/2014 11:52
O resultado da exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart será anunciado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República na próxima segunda-feira (1º/12). Parentes e amigos próximos do ex-presidente sustentam a tese de que a morte dele pode ter sido causada pela substituição de medicamentos rotineiros, feita por agentes da repressão uruguaia. Investigações conduzidas pela Comissão Nacional da Verdade indicam que o ex-presidente foi uma das vítimas da Operação Condor, montada pelas ditaduras militares do Brasil, da Argentina e do Uruguai para perseguir opositores.
[SAIBAMAIS] Os restos mortais do ex-presidente foram tirados do jazigo de Jango na cidade de São Borja (RS) e analisados pelo Instituto Nacional de Criminalística do Departamento de Polícia Federal em 13 de novembro do ano passado. Deposto pelo regime militar, Goulart morreu no exílio, na Argentina, em 6 de dezembro de 1976. Depois da exumação, os restos mortais foram novamente enterrado, com honras militares, em cerimônia que contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, José Sarney e Fernando Collor.
A data de divulgação do laudo foi anunciado nesta terça-feira pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti. Sete peritos ficam reunidos, a partir desta terça-feira, em Brasília para fazer o relatório de três análises laboratoriais. Além da Polícia Federal, participaram do processo especialistas da Espanha, Portugal, Uruguai, Argentina e Cuba. O resultado ficará pronto a tempo de entrar no relatório final da Comissão Nacional da Verdade, que será apresentado em 10 de dezembro.