postado em 27/11/2014 10:00
Uma operação conjunta dos Ministérios Públicos de Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul desmantelou uma quadrilha especializada em tráfico de drogas. O grupo transportava o entorpecente em carros de luxo. Durante as investigações, iniciadas há oito meses, 20 pessoas foram presas em flagrante, 14 carros apreendidos, além de 8kg de maconha recolhidos.
A operação, denominada Dublê, ocorre desde as 5h desta quinta-feira (27/11) e é realizada por promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI). A ação foi deflagrada para o cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva, 15 de busca e apreensão, 9 mandados de apreensão de veículos e um mandado de sequestro de imóvel em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o MP, crimes de tráfico de drogas começaram na região de Dourados e no município fronteiriço de Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. A investigação aponta que a mercadoria partia de Coronel Sapucaia para outros estados, principalmente para São Paulo e Goiás. Uma marca registrada da quadrilha, segundo o MP, era o uso de carros de luxo para transportar a droga.
Parte desses veículos chegava a Dourados em caminhões articulados do tipo cegonha e seguiam o município fronteiriço onde eram carregados com maconha. Os motoristas que conduziam a droga contavam com o auxílio de batedores e olheiros.
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, as informações que deram início as investigações davam conta de que um goiano que morava em Coronel Sapucaia estaria enviando mais de duas toneladas de maconha por mês para Goiás e São Paulo. Ainda de acordo com o MP, o goiano foi identificado, mas, durante as investigações, foi assassinado. Após a morte, a chefia da quadrilha foi passada para o sobrinho e mãe do suspeito.
A dupla de criminosos contou com ajuda de um foragido da Justiça que, além de fornecer a droga, também coordena um núcleo de pessoas a seu serviço para a execução de roubos de camionetes e veículos de luxo. Em São Paulo, os integrantes da organização criminosa negociavam com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) para forneceram drogas. Em troca, como parte do pagamento, o grupo recebia veículos de origem ilícita.