Brasil

Gol e Infraero podem ser multadas em R$300 mil por embarque de cadeirante

Katya Hemelrijk da Silva precisou se arrastar pelas escadas para embarcar em um avião da companhia aérea, em Foz do Iguaçu, na última segunda (1º/12)

postado em 04/12/2014 15:23
A companhia aérea Gol e a Infraero poderão ser multadas em até R$ 300 mil devido ao embarque irregular de uma passageira cadeirante. Ambas já foram autuadas, como confirmou nesta quinta-feira (4/12), em audiência pública no Senado Federal, o gerente-geral de Ação Fiscal da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo de Souza Carneiro Lima.

Katya Hemelrijk da Silva precisou se arrastar pelas escadas para embarcar em um avião da Gol, na madrugada de segunda-feira (1;/12), no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no Paraná. A empresa aérea não tinha um equipamento para elevar a cadeira de rodas até a porta do avião.

Segundo Carneiro Lima, o relatório com as conclusões sobre o caso serão entregues a ele na sexta-feira. As autuações podem gerar até R$ 300 mil em multas para a empresa aérea e ao operador do aeroporto. "Queremos utilizar esse caso para que isso não aconteça mais. Carregar no braço é inaceitável. Da forma como foi é muito pior. Muito triste ver uma cena como essa. Vamos apurar as responsabilidades tanto do aeroporto quanto da empresa área. Precisamos saber ali quem efetivamente deu causa ao que aconteceu", comentou o gerente-geral da Anac.

Katya Hemelrijk da Silva precisou se arrastar pelas escadas para embarcar em um avião da companhia aérea, em Foz do Iguaçu, na última segunda (1º/12)

Katya postou nas redes sociais uma foto do momento em que subia as escadas para entrar no avião da Gol. Com a enorme repercussão do caso, ela esclareceu que a divulgação do episódio se deu para que aumente a consciência em torno do tema. Ela também anunciou que . "O que eu quero é que as pessoas tenham uma consciência e conhecimento maior sobre como lidar com pessoas com necessidades especiais, seja ela qual for", declarou.



A presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Ana Rita (PT-ES), lamentou o episódio e lembrou que não é a primeira vez que o problema ocorre. "Em 2011, episódio parecido ocorreu com a deputada Federal Mara Gabrilli, que esperou duas horas para conseguir desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo". Gabrilli (PSDB-SP) também é cadeirante.

Com informações da Agência Senado

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