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Protesto em Copacabana pede medidas para conter ataques contra policiais

Durante a manifestação, um grupo de policiais militares entregou carta à população com oito reivindicações da categoria

postado em 14/12/2014 12:27
Policiais do Rio de Janeiro fizeram neste domingo (14/12) um protesto na orla de Copacabana, zona sul da cidade, para exigir medidas em relação aos ataques cometidos contra agentes. Neste ano, mais de 100 policiais foram mortos no estado, sendo a maioria enquanto estava de folga. Familiares e colegas de trabalho fincaram cruzes pretas na areia da praia com as fotos dos policiais assassinados.

Em 2014, mais de 100 policiais militares foram assassinados no Rio de Janeiro

Durante a manifestação, um grupo de policiais militares entregou carta à população com oito reivindicações da categoria, entre elas a transformação em crime hediondo qualquer ato cometido contra a integridade física de policiais e seus familiares, um amparo maior aos parentes de policiais mortos e a possibilidade de o profissional ficar com a pistola da corporação mesmo quando estiver de folga.

;A gente quer também a blindagem dos contêineres das UPPs [Unidades de Polícia Pacificadora] porque policiais estão morrendo muito nas UPPs. A cabine aqui na rua é blindada, porque o contêiner que é dentro da comunidade não vai ser?;, questiona a cabo Flávia Louzada, que coordena um grupo chamado A vida do policial é sagrada, como toda vida é.

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Segundo a policial militar, o objetivo do protesto é ;conscientizar a população de que o problema da mortalidade dos policiais, já não é um problema da polícia. Porque se nós, que somos pagos para proteger o cidadão, não estamos conseguindo permanecer vivos. Como vamos proteger se nós mesmos não estamos sendo protegidos?;.

Além de policiais, participaram da manifestação parentes de vítimas, como o soldado Anderson de Sena Freire, assassinado por criminosos durante um patrulhamento na Avenida Brasil, no subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, no final de novembro.

;Como é que pode, numa madrugada, uma viatura com dois policiais enfrentar um grupo de quatro ou cinco [homens] bem armados. Ele não teve como se defender. Isso é uma vergonha para o país;, disse Ângela Maria de Sena Freira, mãe de Anderson, que também tem outro filho na Polícia Militar. ;Ele tinha seis anos de polícia e deixou dois filhos;.

Um grupo de policiais do Espírito Santo também participou do protesto. ;Nós viemos nos unir, porque hoje vemos que o problema da morte de policiais é nacional. Lá no Espírito Santo temos vários colegas sendo assassinados tanto sem serviço quanto de folga. Estamos aqui para tentar comover a sociedade civil para esse problema que é tão grave;, disse o cabo Clayton Siqueira.

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