Jornal Correio Braziliense

Brasil

Roberto Bolanõs, Eduardo Campos, Garcia Márquez: 2014 marcado por mortes

Recorde as personalidades que fizeram deste ano uma data de muitas perdas

Na internet e nas rodas de conversa, a cada notícia de obituário divulgada, era recorrente o comentário: "Pode acabar, 2014". O presidenciável Eduardo Campos, os atores Paulo Goulart, Robin Williams e Philip Seymour Hoffman, o ex-jogador Bellini, os escritores João Ubaldo Ribeiro e Ariano Suassuna e o roteirista, ator e diretor Roberto Bolaños foram algumas das principai perdas deste ano. Listamos aqui algumas dessas perdas, em ordem cronológica.

Nelson Ned d;Ávila Pinto
Dono do sucesso Tudo passará, o cantor Nelson Ned morreu aos 66 anos, em 5 de janeiro. Ele estava internado com pneumonia e teve uma parada cardiorrespiratória. Conhecido na música como O pequeno gigante da canção ; tinha 1 metro e 12 centímetros de altura ;, ele estourou nos anos 1960 e cantou em lugares famosos como o Camegie Hall e Madison Square Garden, ambos em Nova York.









Eusébio da Silva Ferreira
O ex-atacante Eusébio, conhecido como Pantera negra, morreu em 5 de janeiro, aos 71 anos, após sofrer insuficiência cardíaca. O ex-jogador foi considerado o maior da história do time Benfica e de Portugal. Ele conquistou 11 campeonatos nacionais e uma da Liga dos Campeões. Alguns o comparavam com Pelé.










Ariel Sharon
O ex-primeiro-ministro de Israel morreu em 11 de janeiro, após falência múltipla dos órgãos. Ele estava em estado vegetativo desde que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), em 2006. Ariel Sharon tinha 85 anos e comandou as tropas israelenses em diversos combates, especialmente contra alvos palestinos.











Philip Seymour Hoffman
Ator e diretor de teatro, ele morreu aos 46 anos depois de uma overdose em seu apartamento, em Nova York (EUA). O resultado da autópsia comprovou que em 2 de fevereiro Hoffman usou heroína, cocaína e remédios para ansiedade e anfetamina. Ele ganhou o Oscar de melhor ator e o Globo de Ouro ao personificar o escritor Truman Capote. A última aparição dele nos cinemas foi no filme Jogos Vorazes.









Shirley Temple Black
Uma das estrelas mirins mais importantes da história de Hollywood. A atriz Shirley Temple morreu aos 85 anos, em 10 de fevereiro. Ela começou a carreira aos três anos e ficou famosa depois de filmes como Olhos encantadores, Alegria de viver e A princesinha. A queridinha da América atuou em 57 filmes, a maioria antes de completar os 12 anos.










Paulo Goulart
Registrado como Paulo Afonso Miessa, o ator morreu em decorrência de câncer renal, em 13 de março, aos 81 anos. Ele era casado com a atriz Nicette Bruno, com quem teve três filhos. Iniciou a carreira ainda na adolescência e estreou na televisão em 1952, com a novela Helena. Participou de mais de 60 peças de teatro e recebeu dois prêmios por atuações. A última aparição foi na série Louco por elas, da Rede globo, em 2012.








Hilderaldo Luís Bellini
Capitão da Seleção Brasileira em 1958, Bellini sofria do mal de Alzheimer. Ele faleceu em 20 de março, aos 83 anos. A trajetória no futebol começou em 1946, no Sociedade Esportiva Itapirense, time de Itapira (SP), cidade natal do ex-jogador. Bellini também passou pelo Vasco e marcou história no clube.










José Wilker de Almeida
Cearense de Juazeiro do Norte, José Wilker morreu em 5 de abril, aos 69 anos. Ele teve um infarto enquanto dormia na casa da namorada, em Ipanema (RJ). O ator ficou conhecido por trabalhos marcantes nas novelas Roque santeiro e Senhora do destino. Ele também era crítico de cinema e a última aparição na tevê foi em Amor à vida, no papel do médico Herbert.









Gabriel García Márquez
Um dos escritores mais famosos e renomados da história morreu em 17 de abril, aos 87 anos, após contrair pneumonia. García Márquez era colombiano, mas vivia no México e escreveu o primeiro romance nos anos 1950. Porém o sucesso internacional foi após a publicação de Cem anos de solidão, em 1967. A obra já teve mais de 50 milhões de exemplares vendidos.









Luciano do Valle
Locutor durante 50 anos, Luciano do Valle estava a caminho da partida entre Atlético Mineiro e Corinthians, em 19 de abril, quando teve uma parada cardiorrespiratória em Uberlândia (MG). Ele nasceu em São Paulo, tinha 66 anos e trabalhou na Rede bandeirantes, rede globo, rede Record, entre outras empresas.









Mãe Dináh
Conhecida no Brasil por ter previsto que a banda Mamonas Assassinas sofreria um acidente aéreo, a vidente Benedicta Finazza, apelidada de Mãe Dináh morreu em 3 de maio, aos 83 anos. Ela tinha uma doença neuromuscular chamada miasteria. A vidente possuía registro de terapeuta holística e afirmava ter iniciado as premonições aos três anos.









Jair Rodrigues de Oliveira
O cantor que passeou pelo samba, MPB e sertanejo morreu em 8 de maio, aos 75 anos, após um infarto agudo no miocárdio. Jair Rodrigues nasceu em Cotia (SP) e teve dois filhos: Jairzinho e Luciana Mello, que também seguiram a carreira do pai. Ele começou a cantar em 1957 nos barzinhos da cidade natal.









Plínio Soares de Arruda Sampaio
O ex-deputado tratava um câncer ósseo. Ele tinha 83 anos e morreu em 8 de julho, após falência múltipla dos órgãos, em São Paulo. Plínio era advogado e foi candidato à presidência da República em 2010, pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol). O paulista atuava ativamente em movimentos sociais.









João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro
Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), o escritor morreu em 18 de julho, após uma embolia pulmonar. Aos 73 anos, ele teve mais de 20 títulos publicados em 16 países, obras adaptadas para o cinema, teatro e tevê. Autor dos romances Sargento Getúlio, Viva o povo brasileiro e O sorriso do lagarto, ele era formado em direito, mas nunca exerceu a profissão.








Ariano Vilar Suassuna
O escritor paraibano morreu em 23 de julho, vítima de uma parada cardiorrespiratória, aos 87 anos. Ele foi internado depois de sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico. Um dos maiores clássicos da carreira, Ariano Suassuna escreveu O auto da compadecida em 1955. Ele exerceu ainda cargo de secretário de Cultura de Pernambuco no governo de Eduardo Campos. Antes de falecer trabalhava no livro O jumento sedutor.








Eduardo Henrique Accioly Campos
O político morreu em um acidente aéreo, no dia 13 de agosto. Pernambucano, ele era candidato do Partido Socialista Brasileiro (PSB) à presidência da República. Eduardo Campos saiu do Rio de Janeiro em um jato particular a caminho do Guarujá (SP), próximo do destino o avião arremeteu devido o mau tempo. Ele tinha 49 anos, deixou a esposa Renata Campos e cinco filhos.









Joan Alexandra Molinsky
Atriz, comediante e apresentadora de tevê. Conhecida como Joan Rivers, a artista morreu em 4 de setembro e tinha 81 anos. Ela fez uma cirurgia nas cordas vocais, teve complicações dias depois e morreu após falta de oxigenação no cérebro. Ela apresentava o programa Fashion police, lançou livros e fez shows de stand-up comedy.









Robin McLaurin Williams
O ator norte-americano morreu em 11 de setembro, aos 63 anos, em Califórnia (EUA). De acordo com as investigações, Robin Williams suicidou-se. Ele lutava contra o vício de cocaína e álcool, teve depressão e estava com a doença de Parkinson. Seus filmes de maior sucesso foram Sociedade dos poetas mortos, O pescador de ilusões, Uma babá quase perfeita e Gênio indomável.










Hugo Carvana de Hollanda
Atuou em mais de 50 filmes e dirigiu nove. O ator e cineasta Hugo Carvana tinha 77 anos e morreu em 4 de outubro, com câncer de pulmão. O carioca ganhou prêmios de melhor atuação e roteiro. O último filme que dirigiu foi Casa da mãe Joana 2 e o que atuou foi Giovanni Improtta.










Márcio Thomaz Bastos
O ex-ministro da Justiça estava com complicações pulmonares. Ele tinha 79 anos e morreu em 20 de novembro. Thomaz Bastos foi ministro entre 2003 e 2007 no governo do ex-presidente Lula, presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) e o Conselho Federal da OAB. Considerado um dos melhores criminalistas do Brasil, ele criou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).









Roberto Gómez Bolaños
O criador de Chaves e Chapolin morreu em 28 de novembro, aos 85 anos, depois de uma insuficiência cardíaca. Além de humorista, Bolanõs era ator, escritor e produtor de tevê, cinema e teatro. Ele morava em Cancún, no México e era casado com Florinda Meza, que esteve na pele da Dona Florinda, na série Chaves.