postado em 07/01/2015 07:10
Os primeiros depoimentos sobre o acidente com trens em Mesquita, no Rio de Janeiro, que deixou pelo menos 229 pessoas feridas, começaram a ser colhidos ontem. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar crime de lesão corporal. O registro do boletim de ocorrência foi feito na 53; Delegacia de Polícia (Mesquita). Dos feridos, 25 compareceram à unidade policial. A perícia foi feita no local logo após a colisão e o laudo ficará pronto em até 20 dias. ;A polícia requisitou imagens de câmeras de monitoramento instaladas nos trens e na estação para análise;, detalhou, por meio de nota a assessoria de imprensa da Polícia Civil.
Até a tarde de ontem, 35 pessoas haviam sido ouvidas. O inquérito pode indiciar os responsáveis por lesão corporal culposa por acidente ferroviário. Dois maquinistas dos trens envolvidos prestaram esclarecimentos ontem. Um deles falou por quase duas horas na delegacia de Mesquita, na Baixada Fluminense. Carlos Henrique da Silva França, 41 anos, é condutor do trem que estava parado no momento da batida. Segundo ele, não houve anormalidades antes do momento da colisão.
O delegado Matheus Almeida contou que o maquinista do veículo que provocou a colisão alegou estar ;abalado emocionalmente; e não foi à delegacia. Os investigadores não divulgaram o nome dele. Um supervisor da SuperVia, ouvido pela polícia, relatou que chuvas em Queimados geraram danos à rede aérea e atrasos na circulação dos veículos, mas as sinalizações das linhas funcionavam perfeitamente.
Almeida afirmou que precisa apurar se havia algum problema de sinalização, elétrico ou se houve negligência. Falha humanas e técnicas não estão descartadas. Para isso, ele pedirá uma perícia complementar à da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários de Rodovias do estado (Agetransp) para averiguar problemas na parte mecânica do trem, a fim de descobrir problemas que possam ter causado o acidente.
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