Brasil

Recifenses relatam confusão e tiros no Marco Zero neste domingo

Relatos dão conta de que polícia teria atirado pelo menos quatro vezes para o alto. Assessoria de Imprensa da PM nega tiros e confirma arrastões

Diário de Pernambuco
postado em 12/01/2015 00:40
Policiais armados teriam sido os responsáveis pela confusão no Marco Zero

O domingo no Recife Antigo terminou em confusão e correria. Segundo relatos de pessoas que estiveram no bairro no final da tarde e à noite (inclusive pelas redes sociais), houve tumulto e boatos sobre arrastões. Muitas pessoas relataram que por volta das 20h policiais teriam chegado numa viatura ao Marco Zero e atirado pelo menos quatro vezes para o alto, causando correria e medo entre os que estavam no local.

O funcionário público Igor Alves foi ao Recife Antigo com cinco amigos para realizar uma intervenção artística com a proposta de debater a ocupação do espaço público e questionar o projeto da Prefeitura do Recife para o Bairro do Recife.

"Chegamos perto das 17h e fomos para a Praça do Marco Zero. Perto das sete da noite aconteceu uma correria e falaram que era um arrastão, mas a gente não viu nada. Muito tempo depois, já perto das 20h, uma viatura da polícia veio de uma daquelas ruas que dão acesso à Praça do Marco Zero e atiraram pelo menos quatro vezes para o alto. Foi muita correria, muita gente passou mal e disse que não ia mais levar as crianças para lá", contou, em entrevista ao Diario.

De acordo com ele, os policiais teriam estacionado a viatura no meio da praça e saído do carro em direção a parte de trás dos armazéns, mas não ficou claro o que teria motivado a ação. Outras pessoas usaram a página do Direitos Urbanos no Facebook e também fizeram postagem no Instagram para relatar o mesmo fato.

A Polícia Militar nega que policiais tenham atirado, ou que tenha havido qualquer ação com o uso de armas de fogo. "Não temos nenhuma confirmação sobre este fato. A polícia realizou a operação padrão dos dias de domingo no Recife Antigo. Aconteceram focos de arrastões e os policiais encaminharam algumas pessoas para a delegacia para prestarem esclarecimentos, mas não temos nenhuma confirmação de uso de arma de fogo", explicou o Capitão Ermógenes, da assessoria de imprensa da Polícia Militar.

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