postado em 12/01/2015 10:19
A jovem Haíssa Motta, 22 anos, foi morta por tiros de fuzil, em desastrada ação da Polícia Militar no Rio de Janeiro. A execução da atendente de telemarketing se deu após policiais considerarem o veículo em que a jovem estava suspeito. O incidente ocorreu em 2 de agosto do ano passado, mas foi divulgado somente no último sábado (10/1), em vídeo publicado no site da revista Veja.
Dois PMs alegam que o carro modelo HB20, da Hyundai, é o mais roubado da capital carioca. Ao avistar o carro em que a vítima estava, os policiais comentam: ;Carro daquele branco que tá roubando para c...;. Os PMs justificam a ação desastrosa com o fato de ter quatro pessoas dentro do veículo. ;Quatro cabeças, um moleque de boné e tudo; diz um dos militares.
Em poucos segundos de perseguição, mesmo com o pedido de "calma" do colega que dirigia a viatura, o policial José Watterlor Alves coloca parte do corpo para fora do veículo e começa a atirar. São efetuados nove disparos, um deles atinge as costas da jovem. Haíssa voltava de uma festa com quatro amigos.
Após a tragédia, duas moças que acompanhavam a atendente de telemarketing entram na viatura dos PMs. No caminho até o hospital da região, os policiais chegam a questionar as testemunhas: "Por que não pararam?", em seguida afirmaram: "Não justifica ter dado o tiro".
Ao repassar a ocorrência via rádio, Alves diz: ""Não sei nem o que falar". Em depoimento, o rapaz que conduzia o HB20 alegou que não parou o veículo porque pensou que a moto que vinha atrás era o alvo dos policiais. Procurada pelo Correio, a Polícia Militar informou que os policiais envolvidos neste caso foram afastados e respondem a um Inquérito Policial Militar (IPM), que foi aberto pelo comando da PM em agosto. O IPM está em fase de conclusão e deve ser publicado nos próximos dias.