Brasil

Programa de transplante do Rio bate novo recorde com 272 doações

Os dados do programa indicam que, em 2014, houve uma média de 17 doadores por milhão de habitantes

postado em 12/01/2015 17:56
O Programa Estadual de Transplante do Rio de Janeiro fechou o ano passado com captação de 272 órgãos, registrando crescimento de 20,8% em relação a 2013 e superando em 10% a meta estabelecida. Pela quarta vez consecutiva, o programa conseguiu superar as expectativas e bater recorde de captação. Em 2013, a doação de órgão encerrou o ano com 225 captações - quase 10% acima da meta prevista para o ano anterior, que eram 250 doações.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde indicam que, em 2014, foram realizados 1.547 transplantes de órgãos e tecidos, volume 4,8% superior às 1.428 cirurgias de 2013. O crescimento é ainda maior quando considerados apenas os transplantes de órgãos (fígado, rins e coração), que somaram 661 no ano passado, contra 587 transplantes no ano anterior.

Sobre a parte que envolve sentimentos de perda, o índice de autorização familiar teve crescimento de quase 6 pontos percentuais, passando de 51,6% em 2013 para 57,5% em 2014. Para o coordenador do programa, Rodrigo Sarlo, o crescimento passa exatamente pela melhor relação do Estado com as famílias.

Leia mais notícias em Brasil

;O Grupo de Coordenação Familiar, criado há três anos, é o principal motivo da ampliação dos números. Ele sofreu uma reforma no fim de 2013 e hoje atua 24 horas, participando diretamente do acolhimento das famílias. O grupo possibilita maior aproximação e cuidado com as famílias, permitindo mostrar a elas o grande benefício do ato altruísta;, disse Sarlo.

Os dados do programa indicam que, em 2014, houve uma média de 17 doadores por milhão de habitantes, números que iguala o Brasil a países como Finlândia, onde o índice de doação também é elevado, e ultrapassa Canadá, Austrália, Holanda e Suíça. O índice estadual acaba puxando a média brasileira e é maior do que o indicador nacional registrado no fim de 2013, de 13,2 por milhão de habitantes.

A Secretaria de Saúde lista uma série de iniciativas que solidificam o crescimento, entre elas parcerias para criação de dois bancos de olhos e agregação à estrutura da rededo Centro Estadual de Transplantes e do Hospital Estadual da Criança, responsável pelos procedimentos infantis.

Além disso, citou o fato de o estado ter habilitado o Hospital de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu para transplantes de tecido músculo esquelético.

Desde que foi criado, em abril de 2010, o Programa Estadual de Transplante acumula recordes. Entre 2010 e 2014, foi registrado crescimento de 143,12% na quantidade de doações de órgãos registradas no estado (919), quando comparada com as captações entre 2005 e 2009, período em que foram realizadas 378 doações.

O número de transplantes entre 2010 e 2014 (5.688 cirurgias) praticamente dobrou em comparação com os quatro anos anteriores, quando foram realizadas 2.877 operações de transplante. O crescimento alcançou 97,7%.

Nos últimos seis anos, esses avanços levaram à queda de 70% (7.580 para 2.369) no número de pessoas aguardando transplante de órgãos. A fila por transplante de fígado foi a que mais diminuiu no período, 73%, seguida pela dos que esperavam um rim, 70%, e córneas, 65%.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação