Brasil

Trabalhadores de empresa que constrói Comperj protestam por salários

Além dos empregados em atividade, os demitidos em novembro e dezembro do ano passado também participaram da manifestação

postado em 13/01/2015 14:33
Os trabalhadores da Alumini, uma das empresas que constroem o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), refinaria da Petrobras no Rio de Janeiro, voltaram a ocupar nesta terça-feira (13/1) o Trevo da Reta, em Itaboraí, na Baixada Litorânea, para protestar contra o atraso no pagamento dos salários, vale alimentação, plano de saúde e benefícios sociais.

Além dos empregados em atividade, os demitidos em novembro e dezembro do ano passado ; e que não receberam a última parcela do acordo feito no Ministério Público do Trabalho (MPT), para quitação das verbas rescisórias ; também participaram da manifestação. Um forte aparato policial foi deslocado para o local, a fim de impedir o fechamento das rodovias BR-101 e RJ 116. Apesar da tensão, não houve confronto.

Mais de 2,9 mil operários, incluindo os demitidos, exigem o pagamento das dívidas. As manifestações começaram na última quinta-feira (8/1), ganharam força e culminaram com a paralisação da obra nesta terça-feira. Os manifestantes conseguiram impedir a entrada dos ônibus das empresas que prestam serviços a Petrobras na construção do Comperj.

O Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção do Município de Itaboraí (Sintramon) garantiu, na última sexta-feira (9/1), o pagamento a partir de uma medida cautelar impetrada na Justiça do Trabalho de Itaboraí. Ainda hoje, o sindicato tem reunião agendada no MPT de Niterói para discutir o assunto. Participam do encontro o presidente do Sintramon, Paulo César Quintanilha, o PC, diretores do sindicato e representantes da empresa e da Petrobras.



Segundo representantes do sindicato, o gerente de empreendimento da Petrobras, Wagner Menezes, esteve no local e explicou que ;a questão da Alumini depende de decisão judicial e que a companhia nada pode fazer;. Em nota, a Petrobras reiterou que ;está em dia com suas obrigações contratuais e que os pagamentos dos compromissos reconhecidos com as empresas que atuam no Comperj foram realizados de acordo com a legislação vigente e com os prazos estabelecidos contratualmente;.

A companhia esclareceu, ainda, ;que não é parte nas relações trabalhistas entre empresas contratadas e funcionários;, mas que acompanha as negociações e espera um desfecho adequado para ambas as partes. A Alumini teve as contas bancárias bloqueadas pela juíza do Trabalho de Ipojuca, em Pernambuco, Josimar Mendes, para pagamento de débitos com trabalhadores que construíram a Refinaria Abreu e Lima.

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