postado em 17/01/2015 12:46
O remador e advogado Caetano Penna Franco Altafin Rodrigues da Cunha, conhecido como Caê, inicia hoje (17) a travessia do Oceano Atlântico, entre as Ilhas Canárias, na Espanha, e Barbados, no Caribe, com o objetivo de ajudar no financiamento da pesquisa do osteossarcoma, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde. Caê será acompanhado por sete remadores estrangeiros que percorrerão, no total, 5,5 mil quilômetros.O melhor amigo de Caê, Rafael Cordeiro, morreu com osteossarcoma, tumor maligno dos ossos, em 2006. Para retribuir o tratamento recebido pelo amigo no Into, o advogado decidiu auxiliar nas pesquisas sobre esse tipo de câncer que atinge pessoas de todas as idades, mas tem maior incidência em crianças e jovens em fase de crescimento. Esse tumor é bastante agressivo, atinge ossos das pernas, dos braços e da coluna e apresenta índice de mortalidade elevado. Cerca de 50% a 60% dos doentes com osteossarcoma morrem em cinco anos, de acordo com o Into.
Com o objetivo de colaborar com as pesquisas, Caê lançou no ano passado, na internet, a campanha ;Remacaê ; Ajude o Caê a Cruzar o Atlântico;, visando a reunir patrocinadores para financiar a viagem e as pesquisas do Into. A ideia inicial, como disse o remador à Agência Brasil por ocasião do lançamento da campanha, era que para cada R$ 1 coletado, R$ 0,50 seriam destinados ao instituto.
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Ontem (16), ele comunicou à imprensa a decisão de que todos os valores arrecadados pelo crowdfunding (financiamento coletivo) serão direcionados para o Into. Até agora, foram arrecadados cerca de R$ 30 mil, informou a assessoria de imprensa do instituto.
O remador disse que a competição para quebrar o recorde de 32 dias e cinco horas da travessia continua grande na Europa. Ele espera ter competência e êxito para superar esse tempo.
As pesquisas com células-tronco tumorais em pacientes com diagnóstico de osteossarcoma foram iniciadas em agosto de 2012. Segundo a instituição, o tratamento envolve grandes procedimentos cirúrgicos, como a amputação em 27% dos casos, ou a substituição do membro por prótese ou enxerto ósseo. O Into acredita que o estudo vai fornecer informações importantes para que os médicos tenham condições de, no futuro, programar um tratamento oncológico individualizado para os pacientes.
A equipe ficará entre 30 e 33 dias no mar. Cada atleta remará com intervalo de duas horas. Como o objetivo é bater o recorde de tempo de travessia do Oceano Atlântico e entrar para o Guiness Book, a viagem será desassistida, isto é, não haverá barcos de acompanhamento, disse Caê em julho passado.