postado em 21/01/2015 08:00
A morte do surfista profissional Ricardo dos Santos, conhecido como Ricardinho, de apenas 24 anos, comoveu o mundo do esporte ontem. O atleta foi atingido por três disparos em frente à casa dele, no balneário de Guarda do Embaú, em Palhoça (SC), na última segunda-feira. Ricardinho foi submetido a quatro cirurgias no Hospital Regional de São José, em uma cidade vizinha, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde de ontem. Parentes, amigos, fãs e surfistas lamentaram a violência e a perda do atleta nas redes sociais.
O policial militar Luis Paulo Mota Brentano, 25 anos, lotado em Joinville (SC), admitiu a autoria dos disparos em depoimento à polícia. O irmão dele alegou legítima defesa. O caso está sob responsabilidade da Delegacia Regional de Palhoça. Desde o ocorrido, Brentano está preso no quartel da PM em Florianópolis. Ele deve ser indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Segundo relatos, Ricardo foi baleado após uma breve discussão com o policial. O surfista e o avô, Nicolau dos Santos, teriam pedido a Brentano e a um menor de idade que o acompanhava para que retirassem o carro de cima de uma tubulação na rua em frente à casa, porque eles pretendiam repará-la. A discussão teria começado, quando Brentano disparou três vezes contra Ricardo e fugiu do local com o automóvel. O avô disse a uma emissora de tevê local que o crime ;foi uma baita covardia;.
Comoção
A morte de Ricardinho comoveu a comunidade do surfe. Nas redes sociais, vários atletas postaram mensagens de pesar depois que a família confirmou a morte. ;Ricardinho, você não merecia isso! Não mesmo, nunca! Por que isso acontece com gente do bem? Não entendo isso! Moleque gente boa, sempre ajudando o próximo, sorriso de orelha a orelha todos os dias;, escreveu o atual campeão mundial, o brasileiro Gabriel Medina, em sua página na internet.
;Vai com Deus, e que ele possa estar confortando o coração da família, amigos, e o meu, porque isso não entra na minha cabeça;, escreveu o surfista Filipe Toledo. ;Estamos todos de luto pela violência ocorrida contra o meu amigo e irmão Ricardinho dos Santos, ele não merecia isso! O valor quase nulo pela vida do próximo não pode continuar. Meu Deus, não sei até onde vai chegar tudo isso. Esse mundo em que vivemos está muito complicado e caótico;, lamentou o atleta Alejo Muniz.
A família doou as córneas do atleta e confirmou que ele será cremado assim que o corpo for liberado pelo Instituto Médico Legal. Ainda não há previsão de data. A intenção é jogar as cinzas do atleta no mar.
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