Jornal Correio Braziliense

Brasil

FAB diz que pilotos do avião de Campos não tinham formação para o modelo

As investigações parciais mostram que não existe evidência de falha da parte material nas causas do acidente



Conforme tenente-coronel Raul de Souza, responsável pelas investigações, a qualificação do piloto e do co-piloto para comandar aquele modelo gerou dúvidas nos técnicos do Cenipa, que fizeram uma consulta à Agência Nacional de Avião Civil (Anac). Até o momento, a agência ainda não se posicionou sobre o questionamento. Apesar disso, o tenente-coronel afirmou que o comandante precisava de um treinamento de diferença e que o copiloto precisava ter feito um curso completo para pilotarem o avião. "Os pilotos não tinham o treinamento necessário para o avião", afirmou.

Ainda segundo os técnicos que trabalham para apurar as possíveis causas da queda do avião, no momento ainda não é possível dizer que houve falha humana como fator contribuinte."A gente não pode afirmar que houve falha humana, ainda", afirmou o tenente-coronel Raul de Souza, que coordena os trabalhos. As investigações ainda não tem data para serem concluídas, segundo ele.

Ainda de acordo com o tenente-coronel Raul de Souza, os destroços apontam que o trem de pouso da aeronave estava recolhido no momento da queda. Além disso, as evidências mostram que a aeronave não caiu de cabeça para baixo.

Outro ponto destacado pela FAB, é que a aeronave estava com uma inclinação de 38 graus próximo do momento da queda, sendo que o normal seria aproximadamente três graus em relação ao terreno. A velocidade era de 600 km/h.

Sobre a gravação dos dados das conversas, os últimos registros, segundo o Cenipa, são de mais de um ano antes do acidente. Os últimos áudios na memória do aparelho são datados de 23 de janeiro de 2013, feitas durante uma operação de manutenção.