postado em 02/02/2015 15:46
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) vai promover campanha na próxima quarta-feira (04), no Rio de Janeiro, para alertar a população como a mudança de hábitos pode ajudar a evitar a doença. A campanha ;Qualidade de vida ao nosso alcance: escolhas saudáveis para prevenir o câncer; vai contar com a presença de profissionais de saúde e personalidades ligadas à alimentação, esportes e práticas saudáveis. A iniciativa faz parte da agenda de eventos promovidos todos os anos para marcar o Dia Mundial do Câncer.A chefe da área de Alimentação e Nutrição do Inca, Sueli Couto, acredita que muita gente desconhece a importância dos alimentos na prevenção do câncer. ;O consumo de industrializados, com altos índices de sódio, vêm crescendo muito, causando maior índice de obesidade e, consequentemente, aumentando as chances de se ter a doença. Um peso corporal adequado é importante para diminuir muitos tipos de câncer, incluindo os mais incidentes, como o de mama, próstata e principalmente os gastrointestinais;, disse.
Segundo Sueli, a escolha pela praticidade na alimentação gera um alto custo à saúde. ;A falta de tempo tem adoecido as pessoas. É preciso mudar essa lógica e tornar os bons hábitos alimentares uma questão de prioridade. Se a família dividir tarefas e se organizar, é possível preparar refeições de qualidade;, opinou.
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Entre as dicas da nutricionista está a de trocar os alimentos embutidos e industrializados, como salsichas, nuggets e lasanha congelada, pelo arroz, feijão, verduras e legumes. Além disso, evitar refrigerantes e refrescos em pó, priorizando os sucos de fruta. Sueli também recomenda cessar o tabagismo e limitar o consumo de bebidas alcoólicas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos, 33% dos cânceres mais comuns podem ser evitados por meio da redução do consumo de álcool, de dietas mais saudáveis, da exposição moderada ao sol e de atividade física regular. A OMS estima que somente o abandono do hábito de fumar aumenta a proteção contra a doença em cerca de 50%.
O órgão, junto com a Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer, publicou um estudo alarmante no ano passado. O relatório mostra que o número de novos casos deve aumentar 57% em 20 anos, chegando a 22 milhões de pessoas. As mortes por câncer, que no período do estudo chegaram a 8,2 milhões por ano, podem atingir 13 milhões nas próximas duas décadas.
No Brasil, a estimativa feita pelo Inca para este ano é 576 mil novos casos, incluindo os de pele não melanoma, reforçando a magnitude do problema do câncer no país. Segundo a estimativa, o câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), do cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil).