Um dos principais destinos dos brasilienses no Carnaval, Ouro Preto (MG) corre risco de desabastecimento de água no período. A prefeitura evitou divulgar a festa e reduziu o número de shows, na tentativa inusitada de diminuir o número de turistas. A expectativa, contudo, é de receber cerca de 70 mil turistas, 20% a mais do que em 2014. ;A questão é que pode vir a faltar água sim;, admitiu o secretário da Casa Civil, Flaviano Nardy Lana. A cidade está sob racionamento oficial desde 19 de janeiro e o esquema vai durar durante o carnaval. O corte no abastecimento varia entre seis horas e um dia, dependendo do bairro. O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) estipulou o rodízio devido à baixa dos níveis de água dos mananciais.
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Em Diamantina, são esperados cerca de 30 mil turistas. A prefeitura avalia que a crise hídrica não vai impactar a festa. Na capital mineira, a água que será usada na limpeza virá da piscina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O volume estimado é de três mil metros cúbicos, o suficiente para o período, na avaliação da prefeitura. ;Se ainda for necessária uma quantidade maior, haverá utilização somente de água de poços artesianos;, apontou o órgão.
Também serão fixados estandartes pela cidade com frases como: ;Aqui tem Carnaval consciente. Quanto menos eu sujar, menos água vou gastar; e ;Só não é bem-vindo o xixi na rua;. A estimativa é que 1,5 milhão de pessoas participem das comemorações em Belo Horizonte.
O Ministério Público também tem tentado reduzir o impacto do carnaval na crise, recomendando o cuidado com o uso da água e até mesmo o cancelamento da folia, como é o caso de 11 municípios do Rio Grande do Norte. O MP de Minas Gerais recomendou a cidade de Esmeraldas que não lave as ruas durante a festa.
Além das cidades mineiras, o fantasma do desabastecimento ronda os municípios que mais recebem turistas no carnaval, como Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Olinda, embora prefeituras e empresas de abastecimento de água minimizem o problema. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) garante que não há risco de faltar água, embora o nível nos reservatórios do rio Paraíba do Sul estejam perto de zero. A cidade deve receber 970 mil turistas no período. Para fazer frente à crise, a prefeitura do Rio deve anunciar nos próximos dias medidas com o objetivo de economizar água.
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