Brasil

Adolescentes em unidades de internação no Amapá postam fotos na internet

Caso no Amapá ocorre duas semanas depois de a Promotoria da Infância e Juventude de Macapá expedir uma série de recomendações à FCRIA

postado em 10/02/2015 14:22
Imagens de adolescentes dentro de unidades de internação da Fundação da Criança e do Adolescente (FCria), divulgadas em um perfil no Facebook, estão causando polêmica em Macapá (AP). As fotografias supostamente estão na linha do tempo de um adolescente que está apreendido. O uso de dispositivo com internet dentro das celas parece ser de conhecimento de servidores.

Caso no Amapá ocorre duas semanas depois de a Promotoria da Infância e Juventude de Macapá expedir uma série de recomendações à FCRIA
Na primeira postagem, de 4 de fevereiro, um menor faz pose na imagem, onde há uma legenda com a frase: ;ah vida sofrida mais n vou chora mim dediquei n vou mim homilha é tudo uma questao d tempo (sic);. Abaixo, várias pessoas comentam. Um dos diálogos é feito por uma pessoa com o uniforme funcional da FCria, que afirma que está ;servindo bem [o adolescente]; dentro da unidade.

Caso no Amapá ocorre duas semanas depois de a Promotoria da Infância e Juventude de Macapá expedir uma série de recomendações à FCRIA
A outra fotografia, publicada no dia 7, mostra dois adolescentes, um deles com um artesanato na mão. Nos comentários, um usuário pede um exemplar do artigo e o adolescente sugere que o amigo compareça no dia 10, para buscá-lo. ;Terça-feira d manha aqui na frente que a minha santinha vai ti da (sic);, diz o garoto.



O caso ocorre duas semanas depois de a Promotoria da Infância e Juventude de Macapá expedir uma série de recomendações à FCRIA, para que melhore a execução de medidas socioeducativas. O MP constatou que todas as unidades inspecionadas durante todo o ano passado, em especial as destinadas à execução em meio fechado (com restrição de liberdade ao adolescente), apresentavam algum tipo de deficiência, sendo a maioria delas relacionadas a recursos materiais ou humanos. Segundo o documento, apenas uma das unidades, o Centro de Internação Feminino (CIFEM) não apresentava superlotação.

A Promotoria da Infância e Juventude e a diretoria da FCria não se pronunciaram sobre o assunto até a publicação desta reportagem.

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