Brasil

Polícia Federal busca iate de Eike Batista em Angra dos Reis

A operação deve apreender outros bens, como carros, jóias e outros objetos de valor. Na semana passada, casa do empresário no Rio foi alvo de ação semelhante

postado em 11/02/2015 11:29
Um iate do empresário Eike Batista é um dos alvos de uma operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal, nesta manhã de quarta-feira (11/2), em Angra dos Reis. A ação, determinada pelo juiz Flávio Roberto de Souza, titular da 3; Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro, deve apreender na casa que o empresário tem na região outros bens, como carros, jóias e outros objetos de valor.

[SAIBAMAIS]Na última sexta-feira (6/2), outra operação de busca realizada na casa dele, os agentes apreenderam diversos bens, entre os quais seis automóveis, sendo dois de luxo, um piano, computadores, obras de arte, R$ 90 mil em dinheiro e até o celular do empresário. Os agentes cumpriam decisão da Justiça para garantir o pagamento de indenizações, caso Eike venha a ser condenado em um dos processos em que é acusado de crimes contra o mercado financeiro.



Foram colocados em indisponibilidade bens no valor de até R$ 3 bilhões, incluindo propriedades do empresário, de sua ex-mulher Luma de Oliveira, dos dois filhos mais velhos, Thor e Olin, e da mãe de seu terceiro filho, Flávia Sampaio. Para justificar a extensão do arresto de bens, o juiz Flávio de Souza informou que a quebra dos sigilos fiscal e bancário do Eike, feita com autorização judicial, revelou que ele vinha doando parte considerável de patrimônio para familiares. Foram seis imóveis apenas em 2013, além de somas elevadas em dinheiro e aplicações financeiras, inclusive para a ex-mulher, Luma, que recebeu R$ 15 milhões. Para o magistrado, as ações caracterizam manobra para ocultar riqueza e escapar da ação da Justiça.

O julgamento do empresário no processo por crimes contra o sistema financeiro começou em novembro passado. No mês seguinte, os advogados de Eike alegaram que o juiz Flávio de Souza havia feito declarações indevidas sobre o processo e pediram que ele fosse afastado do caso por não considerá-lo imparcial. Eike responde ainda a outras ações judiciais, acusado de delitos como uso de informação privilegiada no mercado de ações, falsidade ideológica, indução de investidores a erro e até formação de quadrilha.

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