postado em 11/02/2015 21:58
O governo do Rio de Janeiro quer firmar um protocolo de operações conjunta com as prefeituras de Niterói e do Rio de Janeiro e com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), para o caso de ocorrer emergências em rodovias federais no estado.O anúncio foi feito hoje (11) pelo governador Luiz Fernando Pezão, após reunião com representantes da PRF, marcada após trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) terem fechado a Ponte Rio-Niterói por cerca de duas horas, no início da tarde de ontem (10), em protesto contra o atraso no pagamento de salários. A Ponte Rio-Niterói faz parte da Rodovia BR-101.
[SAIBAMAIS]De acordo com o governador, os procedimentos adotados pela PRF foram adequados, mas há necessidade de reforçar a corporação no estado. ;Nós temos as nossas limitações, por isso essa integração de trabalharmos em conjunto é importante. A entrada do Rio de Janeiro é toda feita por rodovias federais: a Rio-Santos, Rio-São Paulo, Rio-Petrópolis, Rio-Teresópolis e Ponte Rio-Niterói. Então, essa integração com o Ministério da Justiça, com as forças federais, é vital;.
A diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento Souza, destacou que a atuação de ontem seguiu os protocolos internacionais de operação em locais críticos, e informou que a PRF está monitorando a atuação dos trabalhadores envolvidos no ato. ;Hoje está chegando mais um reforço", disse ela, "e estamos com uma ação mais forte na Ponte Rio-Niterói, até por conta do carnaval - já estava planejado -, mas agora foi mais reforçado por causa do monitoramento e do serviço de inteligência;.
O superintendente da PRF no Rio de Janeiro, inspetor José Roberto de Lima Neto, afirma que a corporação agiu com rapidez, e fez o necessário para preservar vidas e evitar conflitos, dada a complexidade da operação.
;Eles [manifestantes] desembarcaram de quatro ônibus, e depois chegou mais um. Eram cerca de 250 pessoas. A ponte é um local crítico para qualquer atuação, o núcleo de operações chegou em cinco minutos com seus negociadores, e a força de choque ficou esperando na cabeceira da ponte, do lado do Rio. A ponte foi fechada no sentido Niterói para o caso de ser necessário o uso da força de choque. Eles foram isolados, porque havia um grupo de 150 motociclistas que queriam partir para o confronto. A equipe verificou que eles já estavam caminhando para a única rota de fuga, depois conseguimos abrir uma faixa para evacuar as pessoas que estavam em estado crítico;, explicou Lima Neto.
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O inspetor lembra que a ação foi ilegal, e disse que é proibido caminhar sobre a Ponte Rio-Niterói. Por isso, ainda ontem foi feita uma reunião com o Ministério Público, e já foi aberto inquérito civil público para apurar o ato e descobrir quem são os responsáveis, ;sem fazer nenhum juízo de valor;. ;Ônibus foram alugados e as pessoas foram liberadas em cima da ponte, e é proibido até caminhar sobre a ponte sem a autorização devida;, acrescentou.
De acordo com ele, a PRF também fez uma reunião com a Advocacia Geral da União e pediu, preventivamente, um interdito proibitório ;contra as pessoas que fizeram isso, para que não façam de novo;. Na Operação Carnaval, que vai até o dia 22, o efetivo da PRF no estado será reforçado com 200 policiais. Atualmente, a corporação tem 700 policiais no Rio de Janeiro e negocia com o Ministério do Planejamento a contratação de mais 300.