A explosão em um navio-plataforma fretado pela Petrobras no Espírito Santo voltou a revelar a fragilidade das unidades de petróleo em alto-mar. A mais grave tragédia dos últimos 14 anos trouxe à tona a insegurança pela qual os funcionários que trabalham com materiais inflamáveis nestas ;ilhas; instaladas no oceano são submetidos. ;A indústria do petróleo é perigosa, ainda mais para quem trabalha com inflamável no meio do mar;, analisou o secretário-geral do Sindipetro-RJ, Manoel Cancela. Apesar de acidental, a explosão complica a já arranhada imagem da Petrobras, que sofre com perdas de recursos e escândalos de corrupção desvendados pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal.
Os riscos nas plataformas levaram a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, a se explicar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras em julho do ano passado. ;Em 2001, o Brasil assistiu atônito ao naufrágio da P36, no campo de Roncador, na Bacia de Campos (leia memória). Com custo estimado de US$ 350 milhões, a plataforma tirou a vida de trabalhadores. Mais recentemente, outros acidentes ocorreram nas plataformas PUB-3, no Rio Grande do Norte; PCM-9, em Sergipe; e SS-53, no Rio de Janeiro;, afirmou o senador Anibal Diniz (PT-AC) ao convocá-la à CPI.
Aos parlamentares, a diretora alegou, à época, que a agência havia aplicado R$ 180 milhões de multas a empresas por problemas e falhas de segurança, dos quais 77% haviam sido pagos e 23% estariam sendo questionados judicialmente. Magda pontuou que, naquele período, ocorreram 265 auditorias em plataformas, resultando em 23 interdições. A diretora-geral justificou ainda que o Brasil estava abaixo da média mundial em número de acidentes graves em plataformas.
A matéria completa está disponível aqui para assinantes. Para assinar, clique .