Jacqueline Saraiva
postado em 14/02/2015 07:39
Os portões foram fechados às 7h01 deste sábado marcando o término do primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do carnaval de São Paulo. A Nenê de Vila Matilde, que já entrou abrindo a manhã no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo, deixou a avenida depois de um desfile alegre e sem nenhum problema na evolução da escola. Com o enredo ;Moçambique - a lendária terra do Baobá sagrado;, -- em 24 alas, cinco alegorias e a rainha Arielle Domiciano -- a agremiação contou a história do país africano que, assim como o Brasil, foi colônia portuguesa. Desfilaram ainda outras seis escolas.
A Mancha Verde abriu o carnaval, celebrando o centenário do Palmeiras, com desfile que durou uma hora, dentro do tempo permitido. De volta ao grupo de elite, a escola defendeu o enredo "Quando Surge o Alviverde Imponente... 100 anos de Lutas e Glórias;, com 3.500 componentes em 28 alas, com cinco alegorias e a rainha da bateria Viviane Araújo, que já ocupa o lugar há sete anos.
À 0h30 a Acadêmicos do Tucuruvi entrou na avenida e fez um grande baile de carnaval com o enredo ;Entre confetes e serpentinas: Tucuruvi relembra as marchinhas do meu, do seu, do nosso carnaval;. A agremiação levou para a avenida 3 mil componentes dividos em 23 alas e cinco alegorias. A rainha da bateria Nadege Delduque conduziu os ritimistas, que vieram com fantasias em homenagem ao personagem Zé Pereira, folião português que tocava bumbo pelas ruas chamando as pessoas para o carnaval.
Terceira escola a entrar no Anhembi, a Tom Maior não esqueceu que, no ano passado, a escola passou por um sufoco, com um problema no carro abre-alas, que fez com que o desfile começasse 15 minutos atrasado. A correria e o estresse foram a inspiração para o tema que a escola, que entrou às 1h30: ;Adrenalina;. Divididos em 23 alas, 2.800 componentes desfilaram pela escola. Com paradinhas e coreografias, a bateria também fez bonito e veio com os ritmistas fantasiados de pilotos e Pâmella Gomes como rainha.
Fadas, duendes, bruxas e outras seres fantásticos marcaram o carnaval da Dragões da Real, a quarta escola da primeira noite de carnaval. Com o enredo "Acredite se puder", a escola contou com um membro fantasiado de Willy Wonka. Foram para a avenida, já abrindo a madrugada, 3.400 componentes, com 23 alas e cinco alegorias, contando com a presença da rainha da bateria Simone Sampaio.
Vice-campeã dos últimos três anos, a Rosas de Ouro levou, às 3h45, o enredo ;Depois da tempestade, o encanto!”, com 3 mil componentes. A inspiração da escola também é a superação. ;Pode o céu desabar/ nada vai me conter;, diz o samba da escola, que fez do desfile sob chuva forte no ano passado. Em 24 alas, com cinco alegorias e a rainha da bateria Ellen Roche, três mil componentes fizeram um desfile sofisticado, com fantasias luxuosas e muito brilho.
A penúltima escola a passar pelo Anhembi foi a Águia de Ouro. Terceira colocada nos dois últimos carnavais, a azul e branco desfilou com 3.500 componentes distribuídos em 25 alas. O enredo escolhido, ;Brasil e Japão: 120 anos de união;, é uma celebração do Japão e dos 120 anos da imigração japonesa no Brasi.