Jornal Correio Braziliense

Brasil

Homenagens marcam enredos das escolas no segundo dia de desfiles no Rio

Uma série de símbolos da cultura do país africano foi mostrada na Marquês de Sapucaí, como os griôs, anciãos da África Ocidental

O Rio de Janeiro, o coreógrafo Fernando Pamplona, que morreu em 2013, e a Guiné Equatorial foram os grandes homenageados no segundo dia desfile das escolas de samba do Grupo Especial do carnaval carioca, que terminou no fim da madrugada de hoje (17), no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

A primeira escola a se apresentar, a São Clemente, homenageou Fernando Pamplona, um dos grandes nomes do carnaval do Rio, com o enredo ;A incrível história do homem que só tinha medo de Matinta Perera, da tocandira e da onça pé de boi;. A escola de Botafogo mostrou no Sambódromo caveiras, bruxas e animais nada amigáveis, representando os medos da infância do carioca, que se mudou para o Acre ainda pequeno.



A Beija-Flor foi a terceira escola a desfilar, já na madrugada desta terça-feira (17). A escola de Nilópolis esbanjou sua tradicional riqueza de detalhes em um desfile sobre a Guiné Equatorial, lançando um olhar mais específico sobre a África.

Uma série de símbolos da cultura do país africano foi mostrada na Marquês de Sapucaí, como os griôs, anciãos da África Ocidental que tinham a responsabilidade de estudar e reproduzir os saberes do povo. A colonização europeia e a escravidão foram outros temas abordados pela escola, que encerrou o desfile destacando os laços culturais entre a Guiné Equatorial e o Brasil. O diretor da Comissão de Carnaval da escola, Laíla, ao final resumiu o que foi o desfile da Beja-Flor "Cumprimos nosso papel. A escola não teve correria e conseguimos terminar em um bom tempo".