Brasil

Pequenos sambistas fecham desfiles tradicionais no Rio de Janeiro

A maioria das agremiações é "filha" das escolas do Grupo Especial e tem como objetivo ser espaço de formação das crianças na cultura do samba e do carnaval

postado em 18/02/2015 12:48
Depois do desfile das escolas do Grupo Especial do carnaval carioca no domingo (15/2) e segunda-feira (16/2), nessa terça-feira (17) foi a vez dos pequenos sambistas ocuparem a Marquês de Sapucaí, com as 16 escolas mirins que fecharam os desfiles no Rio. Os componentes têm entre 5 anos e 21 anos. Cada uma das escolas levou cerca de 400 crianças e adolescentes para o sambódromo e teve 30 minutos para se apresentar.

A maioria das agremiações é ;filha; das escolas do Grupo Especial e tem como objetivo ser espaço de formação das crianças na cultura do samba e do carnaval. O desfile não é competitivo, mas há uma comissão que avalia os melhores em cada quesito, que são agraciados com o Troféu Estandarte do Samba Mirim. O secretário e diretor financeiro da Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro, Écio Bianchi, lembra que os pequenos desfilam desde 1984 e as escolas funcionam como centros socioculturais. ;Cada agremiação busca funcionar o ano inteiro por meio de projetos que elas tocam.;

[SAIBAMAIS]O desfile foi aberto às 17h30 pelo Cortejo Real do Carnaval e também pela Corte do Carnaval Mirim. Vitor Hugo Alves Marques, 9 anos, morador do Rio Cumprido, diz que virou o Rei Momo Mirim "sambando muito". Ele desfila pela Aprendizes de Salgueiro e pela Nova Geração do Estácio. "Eu sambo desde pequenininho, vou continuar no carnaval quando crescer. Abrir o desfile das escolas mirins foi uma alegria só."



A Rainha Mirim, Kaylane Lima, 11 anos, desfila pela Estrelinha da Mocidade e diz que participa do carnaval desde que era "bem pequeninha". A mãe a levava para os desfiles da Acadêmicos de Santa Cruz. "Eu senti uma alegria, uma emoção tão grande [de abrir o desfile]. Deu vontade até de chorar na avenida, mas eu senti aquela felicidade e preferi não chorar, [preferi] colocar um sorriso lindo que aí todo mundo fica alegre também." A primeira escola a pisar na avenida foi a Planeta Golfinhos da Guanabara, com um enredo sobre o chapéu. A Herdeiros da Vila trouxe uma reedição do enredo Direito é Direito, de 1989 da Unidos de Vila Isabel, para lembrar os 40 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Defendendo os espaços e tradições do bairro, a Petizes da Penha cantou Penha: Um Canto de Amor à Vida na Voz da Nossa Petizada.

A quarta escola a desfilar, a Império do Futuro, desenvolveu o enredo Rio Maravilha, Nós Gostamos de Você. E a Filhos da Águia trouxe O Mestre do Samba, Uma Homenagem a Paulo Portela. A escola Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy contou a história do carnaval com o enredo Do Profano ao Sagrado.

A programação incluía, na sequência, a Tijuquinha do Borel, com o enredo Portal das delícias ; Uma Saborosa Viagem ao Redor do Mundo; a Corações Unidos do Ciep, com o enredo 450 Anos de uma Cidade que Continua Apaixonante e Apaixonada; a escola Miúda da Cabuçu, com o enredo Rios, Mares, Cachoeiras e Cascatas: Onde Estão Nossas Matas?; e a Pimpolhos da Grande Rio, com o enredo Meu Guri ; A Imagem da Criança do Meu Brasil.

Em seguida, aparecem a Inocentes da Caprichosos, com o enredo Se Essa Avenida Fosse Minha, Eu Mandava Iluminar com As Cores das Escolas para a Garotada Desfilar; a Mangueira do Amanhã, com o enredo E O Meu Brasil tem Chica Chica Boom; a Aprendizes do Salgueiro, com o enredo O que e que os Aprendizes tem? Tem Carmem Miranda tem; a escola Nova Geração do Estácio de Sá, com o enredo Era Uma Vez, Um Menino que Tinha Cabelos de Algodão; a escola Infantes do Lins, com o enredo Rio 450, Belezas da Cidade Maravilhosa; e a Estrelinha da Mocidade, com o enredo Para Sempre no Seu Coração ; O Carnaval da Doação.

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