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Após reunião com governo, professores do PR decidem continuar em greve

Segundo o Sindicato dos Professores das Redes Públicas Estadual e Municipais do Paraná (APP %u2013 Sindicato), 65 mil professores e 27 mil funcionários da Educação estão parados

postado em 19/02/2015 21:49
Depois de reunião com o secretário chefe da Casa Civil do Paraná, Eduardo Sciarra, na tarde de hoje (19), os professores das redes estadual e municipal de ensino básico decidiram continuar a greve, que teve início no dia 9 de fevereiro, data em que estava programada a volta às aulas de quase 1 milhão de estudantes. Mesmo assim a categoria avalia que houve vitórias com a negociação desta quinta-feira.

Segundo o Sindicato dos Professores das Redes Públicas Estadual e Municipais do Paraná (APP ; Sindicato), 65 mil professores e 27 mil funcionários da Educação estão parados. Dezenas de educadores estão acampados no Centro Cívico de Curitiba, onde fica a sede do governo do Estado e a Assembleia Legislativa do Paraná. Segundo a APP-Sindicato, mesmo se a categoria resolvesse suspender a greve, não teria infraestrutura básica para o trabalho e mão de obra o suficiente.

Na reunião, o governo assegurou à categoria que ;não enviará nenhum projeto que suprima direitos dos trabalhadores; para a Assembleia Legislativa do estado. A promessa diz respeito a propostas de redução de gastos do governo estadual enviadas ao Legislativo, que incluíam a mudança da previdência dos servidores públicos, a redução do anuênio e mudanças no plano de carreira dos professores.

Segundo o APP ; Sindicato, a questão do fundo previdenciário também foi abordada no encontro. Sobre o tema, o sindicato disse que o governo assumiu o compromisso de não enviar projetos que tratem da previdência sem antes discutir com o Fórum das Entidades Sindicais.

O pagamento de atrasados e salários, inclusive de terceirizados que foram dispensados, também foi discutido na reunião. Quanto a isso, o governo informou que no dia 24 de fevereiro pagará R$ 82 milhões referentes a esta dívida, mas o governo manteve a proposta relacionada ao adicional de férias, na qual quem tirou férias nos meses de novembro e dezembro receberão no final de fevereiro e os que tiraram férias este ano, receberão em duas vezes: metade em março e a outra em abril. Segundo os grevistas, o governo deve R$ 340 milhões aos educadores.

No próximo sábado haverá uma reunião do conselho do sindicato para avaliar as propostas do governo e decidir quando será a próxima assembleia dos professores.

O estado diz que nos últimos quatro anos contratou 21 mil professores e pedagogos e que a carreira de professores da rede pública estadual do Paraná teve aumento salarial de 60% e ampliação de 75% na hora-atividade no mesmo período.

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