Brasil

Casos de febre amarela neste ano reacendem sinal de alerta no Brasil

Focos estão presentes em áreas florestais de todas as regiões do país, principalmente no Norte e no Centro-Oeste

postado em 23/02/2015 06:00
Técnico da Fiocruz, onde é fabricada a vacina contra a febre amarela: último ciclo com número elevado de ocorrências ocorreu entre 2008 e 2009

A morte de Luan Lima Marchi, um jovem de 22 anos, depois de contrair febre amarela no início deste mês, reacendeu o alerta sobre a doença no Brasil. Esse foi o segundo caso de infecção neste ano apenas em janeiro, ambos na cidade de Alto Paraíso (GO), enquanto que em 2014 houve apenas um registro. Um turista belga também teve a doença diagnosticada após circular pela região. Em sua forma mais grave, a enfermidade tem taxa de mortalidade de até 50% dos pacientes infectados.

A febre amarela é uma doença viral transmitida através da picada dos mosquitos dos gêneros Haemogogus e Sabethes, espécimes silvestres que vivem nas matas próximas a cursos d;água e não sobrevivem em ambiente urbano. No passado, a doença já foi epidêmica, uma vez que também pode ser transmitida pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti, que se adapta ao hábitat das cidades. Mas, com a descoberta da vacina, a versão urbana foi extinta em 1942. O vírus silvestre, no entanto, é difícil de eliminar, já que há espécies de macacos suscetíveis à enfermidade, que mantêm o ciclo da doença com os mosquitos transmissores.



Focos estão presentes em áreas florestais de todas as regiões do país, principalmente no Norte e no Centro-Oeste. De acordo com o Ministério da Saúde, há um aumento cíclico no número de casos de febre amarela, em intervalos que variam muito, mas com tempo aproximado de cinco anos. ;As causas dessa variação ainda não são completamente entendidas, com influência, por exemplo, de fatores climáticos e da circulação de animais nas florestas em que o vírus está;, informou o diretor de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. ;Como os estudos não são conclusivos, não é possível saber se a seca dos últimos dois anos tem efeito ampliador ou diminuidor nos riscos de contaminação;, completou.

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