postado em 23/02/2015 17:22
O Ministério Público Federal no Espírito Santo instaurou um inquérito civil para apurar os possíveis danos ambientais causados pela explosão do navio-plataforma da Petrobras, na Cidade de São Mateus. Seis pessoas morreram e três continuam desaparecidas. O incidente ocorreu em 11 de fevereiro, no litoral Norte do Espírito Santo.
Segundo o MPF, a Procuradoria enviou ofícios à Capitania dos Portos, à Agência Nacional do Petróleo, ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo, e ao Ibama ; para que eles remetam ao MPF todos os relatórios, diligências e perícias produzidos até o momento, para subsidiar a possíveis ações de responsabilidade civil e criminal. O prazo para as instituições responderem ao ofício é de 30 dias.
A explosão
O navio-plataforma é operado pela empresa BW Offshore e administrado pela Petrobras. Após a explosão, cerca de 32 trabalhadores foram retirados da plataforma e seguiram para Vitória (ES). De acordo com o Sindicato dos Petroleiros, o acidente foi causado por um vazamento de gás na praça de máquinas da casa de bombas da plataforma. A unidade de São Mateus opera, desde junho de 2009, no pós-sal dos campos de Camarupim e Camarupim Norte, no litoral do Espírito Santo.
Histórico
[SAIBAMAIS]Em janeiro, uma explosão na Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, deixou ao menos três trabalhadores feridos, com queimaduras em até 70% no corpo. O acidente ocorreu na Unidade Geradora de Hidrogênio, durante um serviço de manutenção. A mesma refinaria registrou um outro acidente, no mesmo mês, quando problemas no funcionamento de uma válvula geraram o vazamento de querosene em alta temperatura. Nessa ocasião, ninguém ficou ferido.
Em 2001, três explosões atingiram a plataforma P-36 da Petrobras, na Bacia de Campos, deixando onze mortos, todos integrantes da equipe de emergência. O acidente também provocou uma inclinação de 16 graus na plataforma, devido ao alagamento de parte de seu compartimento.