Brasil

CNPq pode deixar de financiar parte do Programa Ciência sem Fronteiras

Chaimovich alegou que parte do financiamento do Programa poderia vir de outras fontes

postado em 24/02/2015 21:40
O novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o bioquímico Hernan Chaimovich, tomou posse nesta terça-feira (24) e disse que parte dos financiamentos dos recursos destinados ao Programa Ciência sem Fronteiras poderia vir de outras fontes. ;É possível negociar que parte do esforço imenso do Ciências sem Fronteiras não seja financiado por fontes que venham do CNPq, mas por outras fontes de recurso;.

Sobre quais seriam essas outras fontes, o novo presidente disse que o CNPq não deve ser o responsável por defini-las. ;Isso a gente vai ter que conversar com quem tem os recursos. Não é o CNPq que vai decidir da onde vêm os recursos;. Hoje, o Programa Ciência sem Fronteiras é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento ; CNPq e Capes ;, e secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

Apesar disso, Chaimovich destacou a importância do programa para o país. ;Eu acho que a vinda de pesquisadores estrangeiros via Programa Ciência sem Fronteiras para o Brasil foi um avanço brutal para esse país. Os programas de pós-doutoramento e de pós-graduação sanduíche foram uma vantagem gigantesca para o país;.

Durante seu discurso, ele falou sobre alguns de seus princípios para a nova gestão. ;O CNPq deve financiar exclusivamente aquilo que o CNPq, e só o CNPq, pode financiar no país para um desenvolvimento cientifico, social e econômico sustentáveis e socialmente justo. Se cada órgão focar naquilo que ele pode fazer, ou naquilo que faz de melhor, a execução de projetos nacionais e utilização de recursos públicos pode ser otimizada".

Outro ponto destacado por Chaimovich é a importante participação do CNPq no desenvolvimento do país. ;O CNPq deve colaborar na formulação de projetos estratégicos para que pesquisa científica básica e tecnológica e inovação cumpram efetivamente o seu papel essencial no desenvolvimento sustentável e socialmente justo do país;.

Durante a posse, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, disse que o Brasil tem condições de superar suas dificuldades e falou sobre o papel do CNPq. ;O CNPq tem um papel importante em estimular, em organizar e em dirigir essse esforço no que diz respeito ao desenvolvimento da ciência e da pesquisa no Brasil e creio que o professor Hernan Chaimovich, é o homem talhado para esse desafio;.

Hernan Chaimovich responde pelo CNPq desde o dia 10 de fevereiro substituindo Glaucius Oliva na presidência do órgão, que é ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação