Brasil

Decisão sobre rodízio em São Paulo será tomada após período de chuvas

O nível do Sistema Cantareira atingiu hoje 10,8% de sua capacidade, no vigésimo dia consecutivo de alta

postado em 25/02/2015 14:01
O diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Massato, disse hoje (25) que ainda não é possível saber se será necessário implementar um racionamento drástico de água na Grande São Paulo. ;Nós só poderemos dar previsões mais seguras no fim do período de chuvas;, ressaltou pouco antes de prestar esclarecimentos na comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo que investiga problemas com o abastecimento de água no estado.

Atualmente, os consumidores atendidos pelo Sistema Cantareira, que abastece cerca de 6 milhões de pessoas na região metropolitana, enfrentam racionamento, com redução da pressão e interrupção do abastecimento em parte do dia. Com o agravamento da crise hídrica o governo passou cogitar o racionamento escalonado, com alternância de dias com e sem abastecimento.

Segundo Massato, as chuvas acima da média dos últimos dias têm melhorado a situação dos reservatórios. No entanto, enquanto forem utilizadas as reservas técnicas, ou volume morto, a situação é considerada de crise. ;Claro que é uma posição muito incômoda ainda trabalhar na reserva técnica;, enfatizou.

Ainda de acordo com o diretor, a Sabesp está preparada para uma estiagem ainda pior do que a enfrentada no último ano. ;Trabalhamos com um cenário muito pessimista, que é 80% das chuvas de 2013 e 2014;, acrescentou.

O nível do Sistema Cantareira atingiu hoje 10,8% de sua capacidade, no vigésimo dia consecutivo de alta. Segundo a Sabesp, desde o último dia 20, não chovia sobre o Cantareira onde, de ontem (24) para hoje, caíram mais 11,3 milímetros (mm), elevando o total captado em fevereiro para 277,8 mm ; bem acima da média histórica do mês (199,1 mm).



A água que entrou nos seis reservatórios do sistema, somada ao volume que deixou de ser retirado com a economia no consumo e as restrições de vazão, permitiu a reposição da segunda cota do volume morto (equivalente a 105 bilhões de litros) que começou a ser usada em 15 de novembro último. A primeira cota do volume morto (água mais ao fundo das represas, abaixo das comportas e que precisa ser bombeada) também começa a se recuperar.

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