postado em 26/02/2015 11:14
Contra propagandas de cerveja povoadas de mulheres de biquíni e frases pejorativas, três mulheres criaram a ;Cerveja feminista; ; a proposta é levar o debate sobre machismo na publicidade para a mesa do boteco. Após uma semana do lançamento, foram 1,2 mil pedidos do produto e o primeiro estoque da bebida se esgotou em quatro dias.
As publicitárias Thais Fabris, Larissa Vaz e Maria Guimarães tiveram a ideia logo após uma campanha lançada no carnaval. Uma marca de cerveja estampou em outdoors de vários pontos do país frases como ;Esqueci o não em casa; e ;Topo antes de saber a pergunta;. Depois da polêmica, a empresa retirou as propagandas das ruas.
Depois disso, as jovens encontraram na ;Cerveja feminista; a melhor forma de levar a discussão adiante. Elas criaram o nome, a marca e o site onde o produto é vendido três dias antes do carnaval.
O produto final foi divulgado primeiro em grupos de discussão publicitária, como o coletivo 65|10, que trata sobre o mercado de criação para as mulheres. ;Essa cerveja, essa plataforma de conversa, não é da Lari, da Thaís e da Maria. Não é do 65 | 10. Ela é de todo mundo, é feita de mil papos;, descreve o trio na página do coletivo.
A cerveja é produzida de forma artesanal. As criadoras compartilharam a ideia com dois amigos cervejeiros e eles produziram a receita. O produto é do tipo irish red ale ; "cor avermelhada, maltada, levemente lupulada e com final seco" ; e é vendido, em garrafas de 600 ml, por R$ 14 ("preço de custo", segundo a marca).