Brasil

Receita e Polícia Federal desarticulam grupo ligado à lavagem de dinheiro

Operação foi batizada de Bemol, conforme a Receita, por possuir o mesmo propósito da Operação Sustenido, deflagrada em maio de 2014

postado em 05/03/2015 10:09
Investigação para desarticular uma organização suspeita de operar com lavagem de dinheiro e evasão de dinheiro entre o Brasil e o Paraguai foi deflagrada nesta quinta-feira (5/3) pela Receita Federal e pela Polícia Federal nos estados do Paraná, de São Paulo, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

A Receita Federal informou que as investigações identificaram contas bancárias de diversas empresas, em geral fictícias, destinadas a receber valores de pessoas físicas e jurídicas brasileiras. Essas pessoas físicas e jurídicas, envolvidas nas investigações, manifestaram interesse em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do Paraguai.



Segundo a Receita Federal, o grupo investigado era responsável por conferir aparência lícita a recursos financeiros de origem criminosa e, também, por remeter esses mesmos recursos ao Paraguai. Além disso, para atender às exigências de doleiros paraguaios, o grupo realizava também a transferência de parte dos ativos ilícitos para contas bancárias brasileiras controladas por tais doleiros. As empresas controladas pela organização investigada movimentaram mais de R$ 600 milhões de origem duvidosa.

A operação foi batizada de Bemol, conforme a Receita, por possuir o mesmo propósito da Operação Sustenido, deflagrada em maio de 2014. Bemol e sustenido são referência à teoria musical: significam uma nota intermediária entre outras duas notas musicais. No âmbito da Polícia Federal, o papel das organizações criminosas descobertas pelas operações era fazer a ligação entre traficantes de drogas, ;cigarreiros; e empresários brasileiros com os fornecedores residentes no Paraguai. Os grupos envolvidos representavam o elo entre criminosos brasileiros e paraguaios.

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