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Servidores da UFRJ fazem manifestação por melhores condições de trabalho

Greve de 24 horas começou nesta manhã; diretores, decanos e o conselho da universidade se reúnem para discutir a situação.

postado em 06/03/2015 20:01
Funcionários da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), juntos com colegas de universidades públicas de outros estados, fizeram uma manifestação no começo da noite de hoje (6/3) em frente ao Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio, onde funciona a representação do Ministério da Educação (MEC), na capital fluminense. Os manifestantes saíram em passeata da Praça da Cruz Vermelha, na Lapa, e, durante o trajeto, passaram diante dos prédios da Petrobras e do Ministério da Saúde.

Desde a manhã, os empregados estão greve de 24 horas. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj), eles protestam contra o corte no orçamento da Educação feito pelo governo federal, reivindicam melhores condições de trabalho e o pagamento de salários atrasados. De acordo com a entidade, a universidade está há duas semanas sem limpeza devido à falta de pagamento de salários dos funcionários terceirizados.

O coordenador-geral do Sintufrj, Francisco de Assis, destacou que a manifestação alerta também contra a ameaça de cancelamento da gratificação, que os funcionários recebem há 20 anos, e defende o pagamento imediato dos trabalhadores terceirizados, que estão sem salários há três meses.

"Estamos prestando toda solidariedade a eles, e a universidade hoje está adiando o calendário em razão desses profissionais que estão trabalhando sem remuneração. É uma situação de escravidão que a gente discorda e não vamos aceitar", disse.

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Os servidores também protestam contra a privatização dos hospitais universitários. Para o assistente administrativo Leonardo Monteiro, do Campus Macaé da UFRJ, a privatização significa uma mudança de filosofia das instituições federais de ensino. "A filosofia de hospital universitário é comprometida com a pesquisa e com o ensino. Com a privatização, ela se perde e se torna uma filosofia comercial, e não é isso que a universidade quer construir;. Leonardo informou que devido à falta de limpeza o início das aulas no campus de Macaé foram adiadas para o dia 16.

A UFRJ informou à Agência Brasil, por meio da assessoria, que o conselho da universidade, os decanos e diretores estão em reunião para discutir os efeitos da greve e os impactos que ela pode causar à instituição.

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