postado em 09/03/2015 08:49
O principal programa de educação financeira da rede pública está longe de alcançar as mais de 27 mil escolas brasileiras. Das 3 mil selecionadas para participar do projeto em 2013 , apenas 28,6% estão prontas para começar as atividades em 2015. De acordo com o SPC Brasil, 81% dos brasileiros sabem pouco ou nada sobre finanças pessoais e um terço dos consumidores atrasou ou deixou de pagar alguma conta no último ano.[FOTO1]
A fim de suprir essa lacuna na formação, a Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil), uma associação sem fins lucrativos, tem coordenado desde 2010 a implementação desse ensino. Entre 2010 e 2011, um projeto piloto começou em 891 escolas de ensino médio de seis unidades de federação, atingindo cerca de 26 mil alunos. A iniciativa é parte da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), instituída por decreto em 2010. De acordo com avaliação do Banco Mundial, o resultado foi um aumento de 5% a 7% da proficiência financeira dos jovens.
Em 2013, foram escolhidas 3 mil escolas, incluindo as unidades do projeto piloto. Dessas, 876 unidades estão aptas a iniciar as atividades, segundo a associação. De acordo com o Ministério da Educação, responsável pela produção dos livros, foram impressos 1.902.390 exemplares com o custo de R$ 2,83 milhões para 2.969 escolas e 47 secretarias de Educação, entre estaduais e municipais. O MEC informou que ;todos os livros foram entregues pela gráfica vencedora da licitação aos Correios para distribuição;, mas não soube determinar quando o programa será implementado nas demais unidades. Para Silvia Morais, superintendente da AEF-Brasil, a principal dificuldade é conseguir adesão por parte das secretarias de educação estaduais. ;Dentro do sistema educacional ainda é preciso desmistificar o tema.;
Na rede particular, o progresso é mais evidente. Nos últimos anos, diversas escolas incluíram a educação financeira no currículo, como o colégio Seri;s, onde ocorrem aulas semanais da disciplina. De acordo com a professora Marília Cunha, o primeiro passo é mostrar como o dinheiro está em elementos do cotidiano. ;Muitas crianças não sabem que a gente aperta um interruptor para acender a luz e roda um relógio que vai ter um custo;, exemplifica.
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