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Moradores lamentam prejuízos provocados por enchente em Taboão da Serra

Defesa Civil do município interditou dois imóveis. Agentes de saúde aplicaram vacinas contra difteria e tétano e orientaram as pessoas sobre leptospirose.

postado em 20/03/2015 14:28
São Paulo - Moradores e comerciantes da cidade de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, reclamam dos prejuízos provocados pela enchente de ontem (19). A chuva atingiu imóveis próximos a um córrego que deságua no piscinão do Pirajuçara. O aposentado José Fonseca da Silva, de 69 anos, foi levado pela enxurrada e continua desaparecido.

Hoje (20) de manhã, moradores das ruas Santa Luiza, Getúlio Vargas e José Soares de Azevedo tentavam limpar as casas e retirar móveis e eletrodomésticos destruídos pela água. A Defesa Civil do município interditou dois imóveis. Agentes de saúde aplicaram vacinas contra difteria e tétano e orientaram as pessoas sobre leptospirose.



Na casa do desempregado Gustavo Augusto Tessiture, 20 anos, o nível da água chegou a 1,5 metro. ;Em frações de segundo, a água subiu. Foi desesperador.; Ele contou que mora com o avô, justamente para protegê-lo das enchentes, que, segundo ele, são comuns na região. ;Tive de subir com ele para o andar de cima. Agora, não sei por onde começar. É desanimador, mas a vida em primeiro lugar. O resto a gente conquista.;

Dono de uma papelaraia, Izelso Menegusso, 55 anos, disse que convive com o problema há 17 anos. ;A gente já perdeu tudo aqui cinco vezes. Na última, no dia 12 de dezembro, não deu tempo de colocar as comportas e perdemos as máquinas copiadoras. Um prejuízo de 150 mil reais.;

No início da tarde, os bombeiros ainda buscavam pelo aposentado José Fonseca da Silva, 69 anos, que desapareceu após ser arrastado pela enxurrada. O filho dele, Alessandro Fonseca da Silva, 42 anos, informou que o pai acompanhou a mulher na fisioterapia e desapareceu enquanto a aguardava.

;Minha mãe me ligou avisando que não estava encontrando meu pai. Pela televisão, vi a imagem do carro dele sendo virado."

Vera Lúcia Cardoso de Campos, aposentada de 66 anos, mora às margens do córrego desde a década de 70. Ela perdeu as contas de quantas enchentes vivenciou. ;Tivemos três enchentes só este ano. Uma ocorreu em janeiro, outra em fevereiro e esta agora. Na primeira, demorou três dias para o governo nos socorrer. A segunda, dois dias. Ontem, vieram só por causa da mídia. Liguei em todas as televisões.;

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