Brasil

Meteorologistas defendem a aprovação de planos de contingência

Cenas como as inundações nas tesourinhas de Brasília, reservatórios secos em São Paulo ou rios transbordando no Acre devem ficar cada vez mais comuns

postado em 22/03/2015 08:10
Cenas como as inundações nas tesourinhas de Brasília, reservatórios secos em São Paulo ou rios transbordando no Acre devem ficar cada vez mais comuns

Cenas como as inundações nas tesourinhas de Brasília, reservatórios secos em São Paulo ou rios transbordando no Acre devem ficar cada vez mais comuns

Fenômenos climáticos extremos, como as secas prolongadas e as chuvas concentradas, devem ocorrer cada vez com mais intensidade e com uma frequência maior. A avaliação é do climatologista Carlos Nobre, diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. De acordo com o pesquisador, essas alterações são efeito do processo de mudanças climáticas locais e global. ;Se o planeta não estivesse em aquecimento, a probabilidade de ocorrência desses fenômenos seria menor. Mas, diante das mudanças climáticas, devemos esperar mais extremos. O clima vai ficar mais volátil;, diz. Cenas como as inundações nas tesourinhas de Brasília, reservatórios secos em São Paulo ou rios transbordando no Acre devem ficar cada vez mais comuns.

[SAIBAMAIS]Para fazer frente a essa nova realidade, na avaliação do climatologista, o país precisa aprovar planos de contingência. ;O marco legal dá mais transparência a diversas ações de conservação e de redução do consumo de água;, diz Nobre. O plano de contingência, desenvolvido para determinada bacia ou reservatório, estabelece procedimentos a serem adotados em diferentes estágios de estresse hídrico.

;Precisamos de um marco legal que estabeleça as medidas que devem ser tomadas;, diz o gerente-geral de articulação e comunicação da Agência Nacional de Águas (ANA), Antônio Felix Domingues. O plano de contingência, de acordo com Domingues, evita que as decisões fiquem nas mãos do prefeito ou do governador, que podem ser influenciados por razões políticas. ;Se fica para o político de plantão tomar essa decisão, ele não toma, porque tem uma eleição. E ele é pressionado pelos companheiros. Então, entramos no pior dos mundos, porque, quando for tomar o remédio, ele terá de ser muito mais amargo do que seria um ano antes;, avalia Domingues.

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