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Com greve dos garis, acúmulo de lixo aumenta em 130 cidades de São Paulo

Os garis reivindicam reajuste de 11,73%, mas o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur) oferece 7,68%

postado em 30/03/2015 14:26
A greve dos garis do estado de São Paulo já dura oito dias. Com a paralisação, o acúmulo de lixo aumentou pelas ruas e calçadas de 130 cidades da Grande São Paulo e do interior paulista. Na cidade de Diadema, a situação é crítica. Moradores e comerciantes tentam se adaptar e conviver com o problema.

Na Rua 24 de Maio, o lixo e o entulho tomam o espaço da calçada em frente a um centro cultural de hip hop. A reportagem da Agência Brasil flagrou pessoas jogando todo tipo de entulho no local. ;Tem um pessoal de fora que vem aqui descarregar carrinhos de entulho. Por isso, temos de conviver com rato e bicho morto;, reclamou Enidia de Oliveira Vieira, aposentada e moradora há 45 anos da 24 de Maio.

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Entre o lixo, havia móveis, eletrodomésticos, telha, madeira e alimentos em decomposição. Segundo Andreia Uchoa, proprietária de um restaurante, o volume de lixo no local é tão grande que frequentemente consegue fechar metade da rua.

;A gente tem de dedetizar mensalmente o comércio. A sujeira inclui muita barata, rato, cachorro, gato morto. Quando está calor, a gente não aguenta o cheiro de lixo deteriorando. Somos obrigados a trabalhar com as portas fechadas;, acrescentou Andreia.

Na Rua Santa Clara, em frente um supermercado, há outro ponto onde o lixo vem sendo depositado. ;Quando chove, o cheiro sobe. É horrível. Isto nunca ocorreu. Tem de ficar passando veneno e guardando o nosso lixo aqui dentro. Ontem (29), estavam jogando água sanitária no lixo para diminuir o cheiro;, criticou Cleonice Salvati, 53 anos, proprietária do estabelecimento.

Cláudio de Lima, aposentado, 60 anos, mora ao lado de uma montanha de lixo formada na Rua Hungria. ;Minha mulher encontrou banana e uva comidos em casa. Quando fomos ver, era um rato. Foi uma tristeza tirar o rato. Antes, nunca tínhamos tido rato e agora começou a aparecer;, disse.

Os garis reivindicam reajuste de 11,73%, mas o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur) oferece 7,68%. De acordo com a Federação de Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo, entre as cidades em situação crítica estão as da região do ABC (exceto Rio Grande da Serra e São Bernardo do Campo), Piracicaba, Taboão da Serra, Araçatuba e Itanhaém.

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