O aluno que busca acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) precisa de ao menos 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não pode ter zerado a redação. Essa é mais uma das mudanças implantadas no programa desde dezembro. As regras passaram a vigorar ontem, mesmo dia em que presidente Dilma Rousseff reforçou a necessidade das alterações e ressaltou que o governo não admitirá reajustes superiores a 6,41% pelas instituições de ensino que adotarem a iniciativa. Especialistas e associações estimam uma redução de 20% a 35% no número de beneficiados pela política nas instituições privadas. Hoje, dos 7,3 milhões de universitários, 5,4 milhões (74%) estudam no setor particular ; 1,9 milhão no Fies. No ano passado, 529.374 alunos zeraram a redação do Enem.
A medida relacionada à nota mínima exigida no Enem consta em portaria publicada em dezembro do ano passado. Ela não vale para quem se formou no ensino médio antes de 2010 nem para professores de escolas públicas. ;Quem tiver zero em português não pode entrar no Fies. O governo federal não pode tirar dinheiro dos contribuintes e dar o financiamento para quem tem zero em português;, disse a presidente.
Dilma também voltou a defender o teto de reajuste de 6,4% às instituições para participar do Fies. ;Se quiserem reajustar em 32%, como foi o caso de um ano para o outro, podem fazê-lo agora, arquem com os recursos necessários;, disse Dilma. Essa e outras medidas têm sido criticadas por representantes de escolas particulares e outros especialistas.
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