Os vazamentos de combustível em Santos (SP) se tornaram o motivo de maior preocupação na região atingida pelo mais grave incêndio de área industrial já registrado no país, que completa hoje uma semana. Há o risco de novas explosões, além de a água usada para o resfriamento dos tanques e devolvida à natureza já estar contaminada ; o que tem causado mortandade de peixes devido à falta de oxigênio, à temperatura e à presença de agentes químicos no hábitat.
Cerca de 36 milhões de litros de combustível já foram queimados no incêndio, provocando uma imensa coluna de fumaça preta, com riscos à saúde da população e ao meio ambiente. Moradores das regiões próximas ao terminal da empresa Ultracargo, onde ocorre o incêndio, reclamam da fuligem que cai sobre as casas e da falta de informação a respeito dos riscos e de como devem proceder. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) assegura que a qualidade do ar não foi alterada.
O Ministério Público Estadual (MPE), porém, alerta para o risco de a fumaça provocar doenças alérgicas ou respiratórias crônicas na população. De acordo com o MPE, a fumaça também pode gerar a ocorrência de chuva tóxica, ;com potencial prejudicial pelo grande impacto ambiental na região da Serra do Mar, onde se localiza o Parque Estadual da Serra do Mar;. A unidade de conservação, de 315 mil hectares, contém a maior área contínua de Mata Atlântica preservada no Brasil.
De acordo com o MPE, que abriu inquérito para apurar responsabilidades, o incêndio provocou ;alteração significativa da qualidade das águas, em razão da necessidade de drenar para o estuário de Santos grande quantidade de água contaminada com derivados de petróleo, com o aparecimento, em diversos pontos, de grande quantidade de peixes mortos;, diz a portaria que determinou a abertura da investigação.
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