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Pepe Vargas qualifica repressão da PM a professores no PR como inaceitável

O governador do Paraná, Beto Richa, defendeu a ação da polícia por ter sido uma reação à provocações

postado em 30/04/2015 17:31
O ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Pepe Vargas, qualificou hoje (30), na capital paulista, como inaceitável a repressão da Polícia Militar (PM) ao protesto dos professores paranaenses na tarde de ontem. ;O que eu vi ali, nas imagens, no mínimo, o uso desmedido da força e uma violência desnecessária que, em uma sociedade democrática, precisa ser debatido;, declarou após participar de ato em São Paulo contra a redução da maioridade penal.

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Vargas informou que aguarda manifestações na ouvidoria do órgão para que sejam adotadas medidas sobre violações de direitos humanos cometidos no protesto. ;A partir dos dados que chegarem à ouvidoria da secretaria, em cima dos fatos concretos, nós analisaremos o que pode e deverá ser feito;, apontou. Ele informou que estava em deslocamento na tarde de ontem, o que o impediu de acompanhar os atos.

Pelo menos 170 manifestantes, na maioria professores, ficaram feridos durante a ação policial para reprimir o protesto em frente à Assembleia Legislativa do Paraná, no Centro Cívico. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, 20 policiais se machucaram. Os professores, em greve desde segunda-feira (27), protestavam contra um projeto de lei que altera a Previdência estadual. O projeto foi aprovado no início da noite, em segundo turno, pelos deputados.

O ministro informou que a pasta já havia sido procurada pelos manifestantes na terça-feira (28). ;Conversei com o chefe da Casa Civil do governo do Paraná [Eduardo Sciarra] e no dia na manifestação conversamos novamente com a preocupação de que as forças de Segurança Pública compreendessem o movimento social e se evitasse todo e qualquer confronto ou ato de violência;, relatou.

Vargas reafirmou sua posição sobre as repressões policiais a protestos de movimentos sociais. ;Na nossa opinião, movimento social não deve ser tratado como caso de polícia, e, sim, como movimento político reivindicatório. Havendo disposição para diálogo, dentro de um princípio de mediação de conflitos, é perfeitamente possível fazer o acompanhamento de uma manifestação pública, de movimentos sociais, sem o uso desmedido da força, sem cenas que nós assistimos ontem;, avaliou.

O governador do Paraná, Beto Richa, defendeu a ação da polícia por ter sido uma reação à provocações. ;A reação não partiu dos policiais. Os policiais ficaram parados para proteger o prédio da Assembleia Legislativa. Na medida em que eram impedidos, reagiram. A polícia não partiu para cima dos manifestantes uma única vez. Tem filmes que comprovam o que estou dizendo;, disse em entrevista coletiva. Segundo a Secretaria de Segurança, será aberto um inquérito policial militar, com participação do Ministério Público, para apurar o caso.

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