Jornal Correio Braziliense

Brasil

Redução dos adeptos do cigarro chegou a 30,7% nos últimos oito anos

O consumo ilegal de tabaco cresceu 50% desde 2008

O percentual de fumantes caiu 30,7% nos últimos oito anos no país, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Os dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) mostram que 10,8% da população com 18 anos ou mais nas capitais brasileiras ainda mantêm o hábito. O tabagismo é responsável por 200 mil mortes no Brasil anualmente e por 90% dos casos de câncer no pulmão, o mais letal. Estima-se que, em 2015, existirão 27.330 novos registros desse tipo de tumor.

Na contramão dessa redução, o consumo de tabaco ilegal aumentou. Em 2008, 2,4% da população comprava cigarro dessa maneira. O percentual passou para 3,7% em 2013, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou que, apesar de não ser mais prejudicial à saúde do que o produto legal, o tabaco ilícito tem um impacto negativo em inibir o hábito, por ser mais barato. ;Existem evidências científicas que comprovam claramente que a política de preços no cigarro contribui fundamentalmente para a diminuição do ato de fumar. À medida que nós temos um comércio ilícito, esse cigarro entra com um preço mais barato e aumenta o consumo da população;, afirmou.



Entre adolescentes de 13 a 15 anos, a experimentação de cigarros caiu de 24,2% em 2009 para 19,6% em 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional sobre saúde escolar. Foi nessa faixa etária que o administrador de empresas Marcelo Marques de Lima experimentou um cigarro pela primeira vez, aos 14 anos. Ele conta que todos os amigos fumavam na época e ele aderiu ao hábito por ;pressão social;. Ele fumava esporadicamente até engatar de vez no vício, aos 18 anos. Fumou por 10 anos até parar, há um ano e um mês. ;Parei tem um ano e mês. Quem fuma, sempre pensa em parar, mas eu deixei definitivamente porque não era mais compatível com minha rotina. Estava numa fase em que fazia muitos exercícios, estava sem beber e o cigarro atrapalhava meu fôlego;, conta.

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