O volume de chuva registrado no Sistema Cantareira atingiu 74,4 milímetros (mm), no mês de maio, o equivalente a 95,1% do total esperado que era 78,2 mm. Embora tenha ficado, abaixo da média histórica para o mês, foi a melhor captação já registrada em maio desde 2005, quando a pluviometria havia alcançado 142,7 mm para a média esperada de 87,6 mm.
A situação hídrica do Cantareira permanece como a pior entre os seis mananciais administrados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), no abastecimento da região metropolitana de São Paulo.
O nível de armazenamento subiu nos dois últimos dias e de ontem (31/5) para hoje (1;/6) passou de 19,6% para 19,8%, pelo método de cálculo em que não leva em consideração o uso da reserva técnica (água que fica abaixo das comportas). Há, exatamente, um ano, essa taxa estava em 24,8%.
Pela nova metodologia que inclui a utilização da reserva técnica, o nível subiu de 15,1% para 15,3%. Há um deficit de 9,5% e para alcançar a superfície do volume útil (água que fica acima das comportas), o Cantareira precisaria receber mais 93,5 bilhões de litros de água. Como o mês de junho, normalmente, chove menos, essa reposição é, praticamente, inviável. A média esperada para este mês é 58,5 mm e neste primeiro dia foi registrado 9,7 mm.
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A escassez de água reflete a redução de precipitações que vem ocorrendo desde o ano passado. De janeiro até hoje, as captações pluviométricas só ultrapassaram a média nos últimos meses de fevereiro e março.
No Alto Tietê, o volume manteve-se estável com o índice em 22,3%. Em maio, esse Sistema conseguiu acumular 73,7 mm de chuva bem acima da média (59,6 mm). No Guarapiranga, o nível caiu de 80,2% para 80%, mas também encerrou maio com mais do que o dobro da média ao atingir 60,6 mm para a média de 59,5 mm.
No Alto Cotia, o nível também ficou estável em 67,5% e o volume de chuva em maio acumulou 53,2 mm, que é 81,22% do esperado (65,5 mm). No Rio Grande, o nível passou de 93,7% para 93,5% com a pluviometria em 61,2 mm, também abaixo da esperada (79,2 mm).E, no Rio Claro, a taxa subiu de 56,4% para 56,5%. Neste manancial, choveu em maio somando 179 mm e com isso ultrapassou a média histórica (133,9 mm).