Brasil

Estudantes acabam com acampamento em frente ao Ministério da Fazenda

Desde ontem, pelo menos 200 estudantes protestavam contra a proposta da redução da maioridade e o corte de verbas na educação

postado em 11/06/2015 14:47
Representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) decidiram hoje (11) acabar com o acampamento montado em frente ao Ministério da Fazenda. Eles protestavam por causa dos cortes de verbas na educação em consequência do ajuste fiscal estabelecido pelo governo e da proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.

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Desde ontem (10), pelo menos 200 estudantes, conforme cálculo dos líderes do movimento, acamparam no local. A Polícia Militar (PM) calculou 60, mas o número variou ao longo do dia e durante à noite, quando universitários e secundaristas de Brasília se juntaram aos manifestantes. Enquanto os estudantes permaneceram em frente ao ministério, os funcionários entraram pelo anexo do prédio.

Hoje, o ministro Joaquim Levy, e senadores da base aliada usaram a entrada de autoridades, próxima do acampamento. Os senadores Delcídio Amaral (PT-MS), Romero Jucá (PMDB-RR) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) chegaram a ouvir os manifestantes sobre as reivindicações.

A presidenta da UNE, Carina Vitral, disse que um dos objetivos do movimento foi atingido. "Mostramos que somos contra os cortes no Orçamento da União e na educação. Estabelecemos uma linha de diálogo com o Ministério da Educação (MEC) para apresentar as reivindicações do movimento".

Carina considerou positivos os protestos na Câmara dos Deputados contra a proposta de redução da maioridade penal, apesar do tumulto envolvendo parlamentares, manifestantes e agentes da polícia legislativa.

Com o fim do acampamento, lideranças prometeram visitar universidades e escolas para sensibilizar os estudantes a aderir a uma nova mobilização contra a redução da maioridade penal. A proposta é que seja feita na quarta-feira (17), informou Carina Vitral.

O Ministério da Fazenda evitou se manifestar sobre os protestos. Já o MEC informou que "o diálogo [do governo] com as entidades estudantis está sempre aberto".

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