Vinte dias após quatro adolescentes serem abusadas sexualmente na cidade de Castelo do Piauí, o promotor Cesário de Oliveira apresentou denúncia ao Fórum do município contra Adão José da Silva Sousa, de 40 anos. Ele é suspeito de ser mandante do crime cometido em 27 de maio, que resultou na morte da jovem Danielly Rodrigues, de 17 anos, no último dia 7. Adão é acusado de estupro, porte ilegal de arma, associação criminosa, corrupção de menores, homicídio e de três tentativas de homicídio.
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No caso dos dois últimos crimes, há o agravante do feminicídio, circunstância qualificadora do crime de homicídio, segundo lei sancionada em março. O texto incluiu o assassinato a mulheres no rol dos crimes hediondos. Como Oliveira pediu as penas máximas, a condenação de Adão pode chegar a 151 anos e 10 meses, se ele for considerado culpado, de acordo com o promotor. A legislação brasileira determina, contudo, 30 anos como tempo máximo de prisão. Oliveira aguardava a conclusão do inquérito policial para finalizar a denúncia.
Cabe agora ao juiz aceitar a denúncia. A partir daí, Adão passa a ser réu e tem 10 dias para apresentar defesa. O promotor pediu que cerca de 20 pessoas sejam ouvidas, incluindo os quatro adolescentes suspeitos de participar do crime e os respectivos pais. Eles prestaram depoimento na última quinta-feira no processo em que os menores são réus. No próximo dia 24, a Justiça do Piauí deve ouvir as vítimas e as testemunhas. Cavalcante explica que são duas ações judiciais distintas. ;Na audiência de 24 (de junho) o Adão José de Silva Sousa vai ser testemunha no processo dos menores e os menores também podem ser testemunhas no processo do Adão;, afirmou. Os adolescentes estão no Centro de Educação e Internação Provisória e podem ficar detidos por até três anos, se forem condenados.
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