postado em 19/06/2015 06:03
O desmatamento na Amazônia Legal atingiu 2.286 quilômetros quadrados entre agosto de 2014 e maio de 2015. O número representa um aumento de 170% em relação ao período anterior, de agosto de 2013 a maio de 2014, quando atingiu 846 quilômetros quadrados. O levantamento anual feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mede o período entre agosto e julho, porém a entidade divulga prévias mensais do resultado. Faltando dois meses para a conclusão do estudo anual, a expectativa é de que seja difícil reverter o quadro. O instituto tem registrado avanços no desmatamento desde a primeira medição, em agosto do ano passado.Leia mais notícias em Brasil
;Mesmo que venha uma queda nos próximos dois meses, não vai ser suficiente para reduzir a taxa anual no nosso sistema;, afirmou Beto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon. Ele aponta três motivos para este cenário. ;Tem gente invadindo florestas para fins especulativos com a expectativa de vender essas áreas desmatadas lá na frente. Tem uma indústria que vem sendo reportada sucessivamente como uma das grandes responsáveis por essa onda de desmatamento;. Somado a isso, existem áreas sendo desmatadas para agricultura e pecuária, como é o caso do Mato Grosso, estado campeão nos danos ambientas. Territórios de assentamento da reforma agrária também têm sido danificados. ;Alguns (desmatamentos) são feitos por gente que invadiu áreas e comprou terra dentro do assentamento de maneira irregular;, afirmou o especialista.
Quanto à degradação, foram registrados 1.936 quilômetros quadrados entre agosto de 2014 e maio de 2015, um aumento de 376% em relação ao mesmo período dos anos anteriores. Diferentemente do desmatamento, que se caracteriza pelo corte raso de árvores, a degradação representa um dano menor, também envolvendo extração de madeira ou queimadas. O dano é um indício de desmatamento futuro, uma vez que o processo é gradual. Para a professora Mercedes Bustamante, do Departamento de Ecologia, é importante descobrir os motivos do dano. ;Muitas vezes a degradação conduz ao corte raso e em outras situações há a regeneração da floresta. Formas sustentáveis de exploração dos recursos naturais são também uma estratégia para combater esse processo;, explica.
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