Brasil

Governador do PR será processado após ação policial com mais de 200 feridos

Ministério Público vai entrar com ação contra Beto Richa por improbidade administrativa; ex-secretário de Segurança Pública também será denunciado

Warner Bento Filho
postado em 30/06/2015 06:03

MP considera que a PM agiu de maneira

O Ministério Público do Paraná anunciou ontem que abrirá ação civil pública contra o governador do estado, Beto Richa, por improbidade administrativa, em razão da atuação da Polícia Militar durante as manifestações de 29 de abril, em Curitiba, quando mais de 200 pessoas ficaram feridas. O MP também incluiu no processo o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que à época estava à frente da Secretaria de Segurança Pública. Ainda são citados o ex-comandante da Polícia Militar César Vinícius Kogut, o ex-subcomandante da PM Nerino Mariano de Brito, o coronel Arildo Luís Dias e o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira.

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Na tarde de 28 de abril, servidores públicos, estudantes e professores se manifestavam nos arredores da Assembleia Legislativa contra a votação de um projeto de lei que alterava o regime de previdência. A PM foi acionada para dispersar a manifestação e, de acordo com o procurador de Justiça Eliezer Gomes da Silva, agiu de maneira ;amplamente desproporcional; a alguma eventual ameaça.

[SAIBAMAIS];Foram feitos mais de 2 mil disparos com balas de borracha, e foram usadas mais de mil bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral;, contou o procurador, com base em investigação que durou dois meses e ouviu 614 pessoas, entre vítimas, testemunhas e militares. Os procuradores ainda analisaram 4.114 arquivos de fotos e vídeos encaminhados ao Ministério Público. ;As bombas, em grande parte, não foram lançadas ao redor dos manifestantes, mas por sobre eles;, disse o procurador. Isso provocou ;ferimentos e queimaduras sérias;, segundo ele. ;Os laudos mostram vários ferimentos nos órgãos superiores, na testa, nos olhos, no pescoço, no tórax. Isso revela a dimensão da ofensiva policial;, disse Gomes da Silva. ;Professores com mais de 30 anos de magistério nunca tinham passado por situação sequer aproximada;, disse. As declarações foram feitas durante entrevista coletiva na tarde de ontem, quando o procurador anunciou a abertura de processo contra as autoridades.

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