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Justiça gaúcha autoriza pai e filho a jogarem bola no quintal de casa

Vizinhos entraram na Justiça reclamando que o homem e a criança usavam a parede que divide os imóveis como traves e, por isso, causavam barulho excessivo

postado em 23/07/2015 17:32
Uma brincadeira entre pai e filho no quintal da própria casa virou motivo de ação judicial em Santa Cruz do Sul (RS). Incomodado com o barulho causado pelo jogo, um casal de aposentados recorreu ao judiciário. Eles alegavam que os vizinhos utilizavam a parede que divide os lotes como traves e, por isso, geravam desconforto.

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O desentendimento começou em setembro de 2014. A mulher reclama que pai e filho brincam sempre a partir das 18h e o jogo dura cerca de uma hora. Ela teria pedido aos vizinhos que jogassem em outro local da casa ou construíssem um muro antes da parede que divide os imóveis, mas o homem se negou a acatar a reclamação e teria sugerido a ela que recorresse à Justiça.

O casal de aposentados, então, reuniu foto, uma testemunha e procurou o judiciário diretamente. A Comarca de Santa Cruz do Sul negou o pedido e a 4; Turma Recursal Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) manteve a decisão. O juiz entendeu que a brincadeira não ocorre em horário de descanso e, por isso, é um incômodo suportável.

;A senhora não consultou advogado. Deveria ter registrado ocorrência (por perturbação da ordem pública) e feito filmagem;, lamenta o advogado dos aposentados, André Luiz Kipper. Ele acrescenta que o caso gerou repercussão negativa na rua onde vive o casal. "As pessoas pensam que a senhora e o marido dela queriam que pai e filho não brincassem. Mas eles só querem que não joguem naquela parede", explica. O casal ainda pode recorrer na Justiça.

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